20ª RS: aumento de casos de dengue pode demonstrar um possível surto

As chuvas podem reforçar os indícios de que nem toda a população está cuidando dos quintais. Diante dos casos confirmados dengue na área de abrangência da 20ª Regional de Saúde fica o alerta que é preciso mais atenção e cuidados para que sejam evitadas as formações de criadouros.

Segundo dados do Boletim Estadual – publicado no dia 10 de janeiro – apontam uma prévia estimativa. “Os números estão alertando um aumento sim na presença do mosquito, mas um alerta mais significativo está para apenas alguns municípios: Palotina, Marechal Cândido Rondon, São José das Palmeiras, Toledo e Santa Helena”, pontua o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, Felipe Hofstaetter Zanini, ao apontar o índice de infestação predial.

Conforme análise de Zanini, a 20ª Regional de Saúde vive um momento de situação confortável quanto a série histórica já registrada. “Para casos prováveis, que é baseado em notificações, extrapolava um pouco o esperado, no entanto, mostrou que sinais clínicos, estão se confundindo com sintomas de outras doença”, explica.

POSSÍVEL SURTO – Neste período epidemiológico 22/23, foi registrado um óbito que ocorreu no município de Maripá. O fato ocorreu no fim de outubro/início de novembro e envolveu uma paciente em tratamento de câncer, além de comorbidades. Apesar de ser um caso isolado, ficou evidenciado que o óbito teve relação com o agravamento da dengue.

Até a última quinta-feira (12), a 20ª Regional de Saúde tinha o registro de cinco municípios com mais casos: Marechal Cândido Rondon, Terra Roxa, Toledo, Santa Helena e Tupãssi. “Embora os casos sejam contados desde início de agosto, de forma somatória, tivemos um aumento de 20 casos na Região nestas duas primeiras semanas de 2023, o que pode demonstrar um possível surto. Isso nos deixa atenciosos e preocupados”, alerta Zanini ao acrescentar que o total de casos na 20ª Regional de Saúde de Dengue – conforme Boletim Estadual publicado dia 10 de janeiro – é de 78 casos confirmados de dengue.

AÇÕES DE COMBATE – No momento, o Estado ainda não tem papel direto nas medidas de combate, apenas o de acompanhar e observar os dados, além de prestar as devidas recomendações as atividades das equipes municipais. Em relação a distribuição de insumos para ações de combate e controle, o chefe da chefe da Divisão de Vigilância em Saúde explica que está dentro da rotina, em conformidade e não há falta de insumos e equipamentos no atual momento.

REALIDADE DOS MUNICÍPIOS – No comparativo dos três anos anteriores, Zanini relata que ainda não é possível afirmar reincidência de municípios com mais números da caso, pois o período sazonal está no início e os resultado das ações ainda estão por serem reconhecidos.

“Alguns municípios tem mais dificuldades, por questões geográficas e características populacionais culturais, por exemplo, Guaíra tem um território com bastante locais alagados, além de população indígena e viajantes, no entanto, índices e casos ainda estão baixos; Santa Helena tem características e desafios semelhantes, onde apresenta uma situação de maior alerta”, exemplifica.

UNIDADE SENTINELA DE MONITORAMENTO – Zanini salienta que é importante lembrar que desde 2021 o Estado do Paraná, implantou Unidades Sentinelas de Monitoramento Laboratorial de Dengue, na 20ª Regional de Saúde são quatro: Toledo, Guaíra, Assis Chateaubriand e Santa Helena. “As Unidades auxiliam a entender o trânsito da doença e o tipo de vírus circulante nos territórios, o que também pode demonstrar uma maior incidência inicial de casos, para estes locais, pois casos suspeitos são coletados e enviados para o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR) a qualquer tempo com o intuito realmente de se rastrear a presença da doença”, declara.

Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.