Acolhimento é tema de reunião no Rotary Centenário
O acolhimento em diferentes tipos de equipamentos, destinado a famílias ou indivíduos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, a fim de garantir proteção integral. Este foi o tema da palestra de Marília Borges Leite, diretora da Proteção Social Especial de Alta Complexidade da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Toledo, que esteve na reunião do Rotary Club de Toledo – Centenário nesta terça-feira (8).
Ela comentou sobre a estrutura do município na área de assistência social “que é feito independente do público”, comentou a diretora, destacando o apoio às crianças e adolescentes, haja vista que os integrantes do Centenário, desde 2013, são parceiros do município na realização de um projeto de Natal, contemplando as crianças e adolescentes das Casas Abrigo com presentes e uma festa toda especial. “Essas parcerias são muito importantes porque a legislação prevê que neste acolhimento temporário se tenha tudo que tem numa casa. E o município precisa ofertar”, explicou Marília Borges Leite, citando a dificuldade do poder público em atender individualidade as demandas desse público.
“Para nós é motivo de orgulho seguir com este projeto e esperamos que ele dure muito tempo ainda”, comentou a presidente do Rotary Centenário, Gabriela Hidalgo Campos de Almeida.
ESTRUTURA – Hoje em Toledo existem 3 unidades para acolhimento, porém, a diretora adiantou que o município pretende implantar mais uma unidade. Atualmente são 54 crianças atendidas, entretanto, este número varia muito rápido e, segundo Marília Borges Leite, o momento pós-pandemia trouxe um reflexo muito grande no serviço. “Percebemos que mudaram os tipos de violência, com aumento de casos de abandono e negligência. São dados que assustam”, disse a diretora. Outros casos são de trabalho infantil, reclusão do responsável, risco à vida, violência física, violência sexual, violência psicológica e omissão.
A Casa Abrigo Menino Jesus I está com capacidade máxima de 20 crianças, sendo 12 meninas e 8 meninos. Somente este ano foram 17 crianças que deram entrada, confirmando a informação da diretora sobre o pós-pandemia.
Na Casa Abrigo Menino Jesus II a situação é a mesma: capacidade total, com 25 crianças, sendo 17 meninas e 8 meninos.
E na Casa Abrigo para Adolescentes são 16 crianças ou adolescentes atendidos no momento, com 8 meninos e 8 meninas.
Marília Borges Leite explicou ainda que o pós-pandemia trouxe outra realidade ao serviço: a chegada de grupos de irmãos, “o que aumenta de maneira muito rápida a ocupação nas casas, isso porque não podemos separar os irmãos neste acolhimento temporário”, acrescentou a diretora.
AFETO – Ainda segundo Marília Borges Leite, as parcerias ajudam muito, ainda mais nesta época do ano, quando as crianças ficam ainda mais fragilizadas. “A família dessas crianças somos nós e essas crianças não teriam acesso a uma festa como a proporcionada pelo Rotary”.
A diretora detalhou que a atuação de toda equipe é no sentido de tentar o retorno com a família de origem. “Essa é nossa primeira alternativa”, afirmou Marília Borges Leite, apontando que são feitas visitas dessas famílias na Secretaria de Assistência Social para manter o sigilo das Casas Abrigo. “A criança traz a história dela até ali e o envolvimento emocional é difícil, mas é importante ter afeto porque é um contato de ser humano com ser humano”, finalizou Marília.
Da Redação
TOLEDO