Adapar alerta para eliminação do milho tiguera
Uma das maiores preocupações para o produtor nesta época do ano é a cigarrinha do milho, que pode trazer danos consideráveis na produção se não se tomarem as medidas corretas no tempo certo. Este ano, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) iniciou um trabalho de monitoramento da cigarrinhas-do-milho no Estado do Paraná para verificar a flutuação populacional durante o período de cultivo do milho e verificar a sua infectividade com os enfezamentos.
De acordo com o fiscal agropecuário Anderson Lemiska, na Regional de Toledo este trabalho de monitoramento das cigarrinhas do milho começou ainda no mês de agosto “e a população do inseto estava muito elevada, no entanto, quando entramos no mês de setembro observados queda significativa da população de cigarrinhas que se manteve até o mês de novembro”, detalha Lemiska. O técnico da Adapar destaca, entretanto, que durante este mês de dezembro a população aumentou significativamente mais uma vez.
Para Anderson Lemiska esse aumento se explica principalmente a dois fatores: aumento da temperatura e a presença de plantas de milho, “as únicas plantas de reprodução da cigarrinha”, explica o fiscal, acrescentando que neste período do ano o calor excessivo favorece a atividade biológica do inseto.
“No caso das plantas de milho em áreas comercias, estamos realizando o monitoramento e captura dos insetos por meio de armadilhas e constatando a multiplicação da cigarrinha dentro dessas áreas”, diz Lemiska, que completa: “Porém, elas (as plantas) estão no período de enchimento de grãos, sem risco de danos por enfezamentos, bem como, a desnecessidade e dificuldade do controle nesta fase”.
Já em relação às plantas tigueras de milho, o fiscal da Adapar observa que durante os meses de setembro a novembro a maioria dos agricultores realizou um bom controle na lavoura de soja. “Porém, neste mês de dezembro, houve fluxo germinativo ou escape pontual de plantas posterior a este controle. As plantas de milho presentes neste momento são plantas mais jovens e de preferência pela cigarrinha do milho, sendo fácil encontrar cigarrinhas adultas e jovens dentro do cartucho deste tipo de plantas”.
Uma saída para reduzir a população de cigarrinhas é eliminar as plantas remanescentes do milho tiguera neste momento. “Isso é fundamental para quebrar o ciclo da cigarrinha e chegarmos no período do cultivo do milho safrinha 2023 com menor população do inseto no campo”, aponta. Ainda segundo Anderson Lemiska, como a presença destas plantas são em pequena quantidade e pontuais dentro da lavoura, “é possível fazer o manejo por meio do arranquio manual”.
No entanto, o fiscal alerta para o cuidado em caso da opção for o controle químico com herbicidas neste momento, pois estes produtos geralmente possuem um grande período de carência entre a aplicação e o momento da colheita dos grãos de soja, fato que pode gerar resíduos de agrotóxicos nos grãos se utilizado de forma incorreta.
Da Redação
TOLEDO