Alunos de projetos de circo participam de oficinas no Parque do Povo
Alunos de grupos sociais de Toledo e que estão participando do Festival participaram neste sábado de manhã, 5, de uma programação diferente durante a XVI Mostra de Circo Social e IX Festival Nacional de Circo. Foi um Café com Circo, no Parque do Povo Luiz Cláudio Hoffmann. Num dia bonito de sol, os grupos aproveitaram a sombra das árvores, na beira do lago do Parque para participar das oficinas de claves, bambolê e diabolo. Divididos em grupos de iniciantes e de avançados eles treinaram sob a orientação de artistas mais experientes, que deram dicas sobre diferentes manobras com os aparelhos.
Luan Felipe Ferreira , 16 anos, há 10 participando do Circo da Alegria, adorou a programação. Ele participou da oficina de claves, mas não deixou de lado o monociclo, o aparelho que mais gosta. Enquanto se equilibrava sobre uma roda, o adolescente ressaltou a importância da troca de experiências com outros participantes e a proximidade com grandes artistas.
“É uma troca muito legal, a gente aprende muito, mas também ensina. E melhor ainda num espaço tão especial como este, bem à vontade, ao ar livre”, completou.
A instrutora de circo da prefeitura de Toledo, Poliana Aparecido Coelho, também acompanhou o trabalho de perto. Ela entrou no Circo da Alegria em 1999 e impressionava pela sua elasticidade quando subia ao palco e se contorcia como não tivesse coluna vertebral. Há seis anos ela deixou os palcos, mas não o circo. “Eu sempre soube, desde pequena, que queria ser professora. Só não sabia que seria de circo”, diz ela, que foi umas das recentes contratações do município como servidora de carreira no cargo de instrutor de circo. Ela trabalhou por 10 anos como instrutora de circo no vizinho município de Tupãssi e há seis meses assumiu o cargo na prefeitura de Toledo. “Faço o que eu gosto e ainda pertinho da minha casa. É muito bom voltar para o local onde aprendi muita coisa do que sou hoje, tanto como pessoa, como também como profissional”.
Como aconteceu com ela, Poliana espera que no futuro, ex-alunos seus tenham a mesma gratidão e reconhecimento sobre o trabalho desenvolvido no circo social. Segundo ela, o projeto não ensina somente a arte, mas valores que contribuem para a formação do caráter das crianças e adolescentes que por aí passam.
É por esta razão que seu filho de seis anos já aguarda na fila para ingressar no Circo da Alegria. Como a procura é maior que a demanda de vagas, existe uma lista de espera para a entrada de novos alunos. Hoje o projeto atende crianças e adolescentes no contraturno escolar, de segunda a sexta-feira. Antes, as atividades eram realizadas duas vezes por semana. Como o tempo de permanência é maior, além do circo, as crianças fazem outras atividades culturais e esportivas durante o período que permanecem no projeto.
A XVI edição da Mostra de Circo Social e o IX Festival Nacional de Circo é uma realização do Circo da Alegria, Circo Ático, cozinha social, escola municipal Anita Garibaldi, prefeitura de Toledo, secretaria de Cultura, Secretaria de Educação e setor de Comunicação.
Jornalista Eliane Cargnelutti Torres