Anastasia vai relatar no TCU processos da Presidência e da Infraestrutura
A saída de Carreiro – que se aposentaria somente em 2023 – foi articulada pelo governo, que queria ter mais um aliado no tribunal. O Palácio do Planalto tem pouca interlocução na Corte. O presidente Jair Bolsonaro tentou mais de uma vez reunir os ministros para fazer uma aproximação, mas não conseguiu.
O cargo de ministro do TCU sempre foi cobiçado por ser vitalício e ter grande influência sobre o mundo político. Na prática, a Corte de Contas é uma espécie de assessoria contábil do Congresso. O tribunal foi responsável, por exemplo, pelo parecer das pedaladas fiscais que sustentaram o pedido de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). O relator do processo no Senado era justamente Anastasia.
O novo ministro do TCU entrou na política eleitoral em 2006, quando venceu a eleição para vice-governador de Minas na chapa encabeçada por Aécio Neves (PSDB). Comandou o governo de 2010 a 2014 e depois foi eleito para o Senado. Em 2018, tentou voltar ao governo, mas perdeu no segundo turno.
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