Após reunião, Fernández e Sánchez destacam importância de acordo UE-Mercosul

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o chefe de governo da Espanha, Pedro Sánchez, se reuniram nesta quarta-feira, 9, e destacaram a importância de encontrar um entendimento entre União Europeia e o Mercosul sobre o acordo comercial. As declarações foram feitas em conferência de imprensa em Buenos Aires, após uma reunião com empresários.

“Os vínculos entre América Latina e UE são fundamentais”, afirmou Sánchez. Ele apontou questões ambientais, de digitalização e o combate à pandemia de covid-19 como prioridades. “Entendemos as objeções que os governos podem ter, mas acreditamos que podemos aumentar o desenvolvimento de nossos países, criando uma área comercial única no mundo”, descreveu o presidente de governo sobre um potencial acordo.

“Precisamos avançar em acordos para enfrentar as mudanças climáticas, e Argentina está comprometida nisso”, afirmou Fernández. Segundo o argentino, é necessário “resolver as assimetrias que existem”, e as propostas apresentadas pelo governo português para acertos complementares durante uma reunião entre Fernández e o primeiro-ministro Antonio Costa são um bom caminho. “Muitos pensam que Argentina não quer avançar em acordo, mas também há problemas na Europa”, indicou, destacando especialmente a questão climática.

Sánchez também reforçou o apoio ao governo português, que ocupa atualmente a presidência do Conselho da União Europeia e “pensa que é necessária uma aproximação” entre as regiões. Além do Mercosul, o presidente de governo destacou Chile e México como potenciais outros países a fecharem acordos.

Outro tema abordado foi a vacinação. O espanhol destacou a doação de mais de 20 milhões de vacinas em 2021 pelo país, “especialmente para a América Latina, que necessita de solidariedade por estar sendo mais golpeada”. Os líderes reforçaram que os imunizantes devem ser um “bem público global”, e que é necessário aumentar a distribuição.

Fernández agradeceu ainda o apoio para lidar com credores privados e o Fundo Monetário Internacional (FMI) por parte de Sánchez.

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