Associação dos Autistas promove almoço beneficente

Desde 2010, a Associação de Familiares e Amigos dos Autistas de Toledo, trava uma intensa luta por inclusão, atendimento especializado e mais qualidade de vida para a pessoa com autismo e seus familiares. O trabalho também é contínuo para manter a Associação ativa.

“No domingo, dia 15 de outubro, iremos promover um almoço beneficente”, comenta a presidente da Associação, Tânia Salete Bilato. “O propósito é angariarmos recursos e termos uma tarde em família”, cita ao pontuar que está ocorrendo a venda das fichas no valor de R$ 40,00 cada uma.

O evento será no Centro de Eventos Desireé Refosco, na Vila Pioneiro. O cardápio será porco a paraguaia, galeto e saladas. No dia do almoço beneficente os participantes devem levar pratos e talheres.

Tânia explica que os recursos angariadas com o almoço irão ajudar na manutenção dos serviços da Associação. “Além disso, nosso desejo também é reunir as famílias. Vamos fazer um bingo no período da tarde e confraternizar, trocar experiências, conversar”.

FESTEJAR 13 ANOS DE ENTIDADE – A luta para a implantação da Associação começou em 2010, quando duas mães – Maria Aparecida Denardi e Tânia Salete Bilato – revolveram unir esforços em busca de mais informação, mais acolhimento, mais alternativas de tratamentos. Tânia lembra que quando se deparou com o nascimento de filho autista percebeu que em Toledo não tinha suporte de informação, buscou em diversos setores e essa falta de amparo era angustiante.

“Nessas ‘idas e vindas’, conheci a Maria Aparecida. Ela já tinha mais conhecimento. Juntas colocamos em prática a ideia de criar um espaço para a troca de experiências sobre o assunto. Maria cuidou da parte burocrática e eu fiquei encarregada de achar um local e assim surgiu a Associação de Familiares e Amigos dos Autistas”, relata.

Com a criação da entidade, famílias passaram a ter um espaço para a troca de informações, experiências, rede de apoio e atendimentos gratuitos. Tânia recorda que desde o início a entidade enfrenta batalhas, mas também colhe os frutos.

Durante anos, os encontros aconteciam no Parque Frei Alceu. No início de 2014, a Associação ganhou uma nova sede, localizada no Jardim Gisela. Em setembro de 2019, ficou outorgado a permissão de uso de imóvel pertencente ao município – antiga Casa do Brinquedo – para uso da VIDA. Em 2021, a Associação retornou para as instalações do Jardim Gisela.

MANTER AS ATIVIDADES – A entidade é sem fins lucrativos. Tânia relata que a estrutura física permite ter um espaço para realizar os atendimentos, atividades e encontros com os autistas e familiares, entretanto, todas as despesas de manutenção da sede é por conta da Associação. Poro isso, frequentemente são realizadas promoções para conseguir os recursos. “Contamos sempre com o apoio da comunidade”.

O PRECONCEITO – Fisicamente não é possível ver algum tipo de indicativo, pois se trata de algo comportamental. Nem sempre fica evidente que a pessoa tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA). É preciso ter sensibilidade e enxergar mais do que aparência e comportamento. O preconceito é um obstáculo.

A pessoa com TEA e seus familiares ainda enfrentam a falta de inclusão social e inserção na sociedade e, nem sempre, têm os direitos garantidos. Todos os dias, pais, mães, avós sofrem julgamentos descabidos diante de situações inusitadas com entes queridos autistas. Uma sociedade bem informada, que é sensível às lutas alheias, se torna menos preconceituosa.

EM BUSCA DE QUALIDADE DE VIDA – O diagnóstico de uma criança com TEA, geralmente, inicia com o pediatra durante as consultas mensais de acompanhamento do desenvolvimento da criança.  Quando surgem dúvidas em relação a comunicação, interação social e padrões restritos e estereotipados do comportamento, a criança é encaminhada para o neuropediatra ou psiquiatra infantil para iniciar a investigação com a equipe multidisciplinar. O caminho pode ser complexo até chegar ao diagnóstico e quem pode sofrer nesse processo é o paciente e seus familiares.

Dentro do Transtorno no Espectro Autista (TEA) são encontrados quatro tipos: Síndrome de Asperger, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Transtorno Autista e Transtorno Desintegrativo da Infância. É normal dentro da área da saúde utilizar a sigla TEA, independente do tipo, e definido como nível 1, 2 ou 3, sendo o primeiro o mais leve e este nível pode apresentar variações.

O autismo

Em geral, o autismo se instala nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias. De acordo com a Autism Society of America, o autismo é quatro vezes mais frequente em meninos do que em meninas.

Fonte: careplus

A origem da palavre

“Autós”, do grego, significa “de si mesmo”. Sendo assim, a palavra autismo significa sozinho, por si só. Essa é a reflexão da maneira que a sociedade enxerga os autistas: envolvidos em seus pensamentos e desconectados do mundo externo.

TEA não é degenerativo

O autismo não é uma condição que piora com o passar dos anos, como o Alzheimer ou Parkinson. Indivíduos no espectro autista podem melhorar ao longo do tempo. Especialmente se eles tiverem a chance de passar por intervenção com profissionais especializados e acesso à educação inclusiva.

Fonte: salz

Da Redação

TOLEDO

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