Áustria ameaça impor restrições a não vacinados contra a covid-19
“Não vejo porque dois terços da população deveriam perder sua liberdade apenas porque um terço está hesitante”, disse Schallenberg. “Para mim, está claro que não deve haver bloqueio para os vacinados apenas por solidariedade aos não vacinados.” Tal bloqueio deve começar em alguns dias se a pandemia continuar em sua trajetória atual, de acordo com o plano do governo.
A Áustria registrou na quarta-feira (10) uma média móvel de sete dias de cerca de 9.100 novos casos, ante pouco menos de 5.500 na quarta-feira anterior, de acordo com Our World in Data, que rastreia números publicamente disponíveis. A média de sete dias de mortes por covid aumentou 60% no mesmo período. Sua nova contagem de casos para cada milhão de pessoas é mais do que o dobro da dos vizinhos Alemanha e Suíça.
A Áustria já aumentou algumas restrições. A partir de segunda-feira, a prova de vacinação ou recuperação recente de covid-19 será necessária para participar de eventos com 25 ou mais pessoas, hotéis, cabeleireiros e muitos restaurantes e locais de entretenimento, de acordo com o governo.
Em um esforço para encorajar mais cidadãos a serem vacinados, pessoas parcialmente imunizadas com teste negativo para o vírus ainda podem entrar nesses locais até 5 de dezembro.
A Áustria vacinou totalmente cerca de 63% de sua população contra o coronavírus, de acordo com o Our World in Data, o que significa que cerca de 3 milhões de pessoas não estão totalmente imunizadas. Sua taxa de vacinação é superior à dos Estados Unidos, embora inferior à da União Europeia.
As autoridades europeias estão preocupadas com o ressurgimento do vírus no continente à medida que o inverno se aproxima. Oito dos dez países que registraram o maior número de novas infecções por cem mil pessoas durante a última semana estão na Europa, de acordo com dados do Washington Post.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na quarta-feira que a Europa é a única região onde os casos e as mortes por coronavírus estão aumentando. Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa, alertou que, sem ação, outras 500.000 pessoas podem morrer até fevereiro, informou a Associated Press. (Com agências internacionais).
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