Banco aposta no skate e investe em 4 institutos, incluindo o de Italo Ferreira
A instituição financeira acertou o patrocínio master do STU, principal plataforma esportiva e comportamental de skate do mundo. Também apoia atletas como Bob Burnquist, Kelvin Hoefler, medalhista de prata em Tóquio, Yndiara Asp e Pamela Rosa, entre outros. E acertou a criação de quatro institutos com Italo Ferreira (surfe), Etiene Medeiros (natação), Diego Hypolito (ginástica artística) e Ádria Santos (atletismo paralímpico).
“Nos fechamos um plano de dois anos, isso é importante para a STU. Nossos projetos têm essa característica de no mínimo dois anos pois entendemos que precisam ser perenes. E o BV não começou a olhar para o skate agora. Já tínhamos apostado nele em 2018 e resolvemos ampliar a parceria agora. Teremos patrocínio de campeonato, reforma de pistas e incentivaremos a prática do esporte”, revela Claudia Furini, superintendente de marketing, sustentabilidade, UX e CX do banco BV.
A relação da empresa com o skate começou com Bob Burnquist, um dos grandes nomes da modalidade na história, inicialmente em ações pontuais em 2018 e que foram se fortalecendo com o passar dos meses. Juntos, eles reformaram pistas por todo o Brasil, em lugares como Belo Horizonte (MG), Lauro de Freitas (BA), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ) e Sapiranga (RS), além de entregar Burnkits, kits modulares para a prática do skate, em escolas públicas.
“No Rio, a reforma que fizemos na pista mudou o valor do metro quadrado daquela região. Ali deu para ver o skate como fomentador de uma prática muito positiva para a sociedade”, conta Cláudia, citando o projeto de transformação da pista na Praça do Ó, que era um local degradado e agora ganhou vida com a reforma. “A gente colheu muitos bons frutos e começamos a perceber que isso tinha um impacto positivo em todo o entorno.”
O sucesso atual do skate no Brasil se deve muito a Bob Burnquist. Ele resgatou a Confederação Brasileira de Skate para ajudar a entidade em um momento em que a modalidade entrou para o programa olímpico. E além disso, ajudou o BV a compreender esse esporte que já foi muito marginalizado no País. “O Bob foi o grande provocador e fez com que a gente entendesse mais sobre o skate. Ele hoje nos ajuda muito e seu instituto já está instituído e deve crescer”, explica Cláudia.
O BV ajudou Bob a criar seu instituto assim como fez em um primeiro momento com outros também, seja partindo do zero ou ajudando na consolidação do projeto: Flavio Canto, do judô, (Reação), Ana Moser (Esporte&Educação), Serginho, do vôlei (Serginho10), Mauro Menezes, do tênis (Próxima Geração) e Marcelinho Machado, do basquete (M4 nas Escolas). Agora o investimento dá um novo passo e agrega novos protagonistas.
“A boa notícia agora é a ampliação do projeto e a chegada de quatro novos atletas. O Italo Ferreira tinha o desejo de montar um instituto de surfe. A conversa já estava acontecendo antes da Olimpíada e formalizamos agora. A Etiene Medeiros chega para trazer uma nova modalidade, a natação. O Diego Hypolito, da ginástica, também terá um instituto. Imagina quantas novas Rebecas não existam por aí? E a Ádria Santos, atleta paralímpica, fará um trabalho com pessoas com deficiência. É um desafio grande para a gente com a entrada de novas modalidades”, avisa.
O diferencial do projeto do BV é que não utiliza verba incentivada, usa recurso próprio. “A gente extrai do nosso orçamento de marketing. A BV Esportes é o pilar de fomento social no reposicionamento de marca. Ela agrega tanto na questão da aproximação da nossa marca e também com o nosso pilar de sustentabilidade. O esporte é um grande mobilizador de inclusão social”, diz, reforçando que o skate terá papel muito importante no projeto. “É uma modalidade onde meninas e meninos fazem igual. É prática muito inclusiva e democrática, e isso fomenta nosso pilar social. A gente acredita muito nessa modalidade”, conclui Cláudia.
Medalhista olímpico, Kelvin Hoefler vê crescimento do skate e já mira os Jogos de Paris
O que mudou na sua vida após a medalha olímpica?
Mudou não só para mim, mas para o esporte como um todo. Podemos levar a quem não nos conhecia um pouco do lifestyle do skate. Acho que foi o esporte que saiu maior dos Jogos Olímpicos e será a hora de colher esses frutos. Depois da minha medalha o que mudou é que fui mais requisitado para entrevistas, mas logo voltei à minha rotina normalmente que é treinar muito e competir.
Acha que o skate pode crescer ainda mais no Brasil?
Sim, tem tudo para seguir crescendo. Cada vez mais crianças procuram informações sobre o esporte e começam a praticar. O desempenho brasileiro nos Jogos Olímpicos também foi marcante e seguiu um pouco do que a gente faz durante a temporada. Os brasileiros e brasileiras estão entre os principais skatistas do mundo há anos. Ainda precisamos de maior investimento em alguns setores, mas já temos algumas empresas patrocinando o esporte há anos. No Brasil não tem tantas pistas de qualidade e isso faz com que muitos atletas tenham de ir para o exterior, como foi meu caso.
O que você espera desse próximo ciclo até Paris-2024?
Só sei que quero estar lá! Quero treinar bem e competir, melhorar meu skate e estar sempre em alto nível para encarar os principais desafios.
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