Banco de Sangue: índice de faltosos compromete estoque de bolsas
A Unidade de Coleta e Transfusão – UCT de Toledo (Banco de Sangue) – está com o estoque dentro da regularidade, contudo, continua enfrentando um problema eminente: os doadores faltosos. Cada um que falta impacta nos trabalhos.
Conforme a chefe da Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo, Vania Frigotto, nos últimas dias a UCT está com média de 20% de faltosos nos horários agendados. “Ainda temos muitos faltantes. Esse é um grande problema para nós, por isso, muitas vezes não conseguimos atingir nosso teto de coletas”, lamenta ao reforçar que chega 20% de faltosos nos agendamentos online.
Entre o impacto que a ausência pode causar está a importância dos doadores compreenderem que as faltas comprometem não só a agenda como a disponibilidade de vagas para outros interessados. Vania explica que a agenda é aberta a cada 15 dias na tentativa de o absenteísmo, entretanto, ainda é elevado o índice de faltosos.
“Enviamos mensagem para os doadores, inclusive o sistema de agendamento tem uma opção de envio de mensagem ou e-mail para relembrar da data de agendamento e mesmo assim as pessoas esquecem. O percentual de faltosos gera impacto, no mês, de aproximadamente 70 bolsas que deixam de ser coletadas”, lamenta a chefe.
QUEM PODE DOAR – Para ser um doador é preciso estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 69 anos (a novidade é que adolescentes entre 16 e 17 não precisam mais estar acompanhados dos pais ou responsável, basta ter uma autorização assinada pelo tutor e no ato da doação ter um adulto responsável legal acompanhando. Acima de 60 anos só se já for doador); ter peso superior a 50 quilos e apresentar um documento oficial com foto. Homens podem doar a cada 60 dias e até quatro vezes em um ano. Já as mulheres, a cada 90 dias e até três vezes em um ano.
A doação pode ser agendada no site www.saude.pr.gov.br/doacao ou caso o interessado tiver dificuldade pode ligar no (45) 33791993.
SALVAR VIDAS – Com uma doação é possível salvar até três vidas, devido o fracionamento do sangue. Após ele ser coletado precisa ser processado e fracionado em hemocomponentes. Assim uma doação resulta a produção de três tipos de hemocomponentes: plasma fresco, plaquetas e hemácias. Não se transfunde o sangue total. Esse fracionamento otimiza o uso do sangue, pois o paciente só irá receber o componente que ele realmente precisa e isso garante uma melhor estabilidade na questão de estocagem.
“Sempre solicitamos doações, devido, a validade dos hemocomponentes que variam entre três e 42 dias, por isso, a necessidade constante de doações”, pontua Vânia ao reforçar que com bolsas a vencer é preciso contar com doadores.
EM ATUAÇÃO – A Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo entrou em funcionamento na data de 5 de outubro de 1997. Entretanto, iniciou as coletas de sangue somente no mês de janeiro do ano seguinte. Na época, o Banco de Sangue era administrado pela Prefeitura em parceira com a Secretaria estadual da Saúde (Sesa). A partir de agosto de 2005, a Unidade passou a ser gerenciada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) em parceria com a Sesa. O Banco de Sangue de Toledo, além das doações, também realiza o cadastro de candidatos à doação de medula óssea. As bolsas são distribuídas nos 18 municípios da 20ª Regional de Saúde, entre as unidades de saúde conveniadas (hospitais e clínicas).
Da Redação
TOLEDO