Biopark chega aos 5 anos com grandes avanços

Visão a longo prazo e principalmente, desejo de fazer algo a mais pelo país, começando pela região onde vivem e construíram uma sólida trajetória empreendedora, o Oeste do Paraná. Esse propósito foi a mola propulsora que levou o casal de farmacêuticos Carmen e Luiz Donaduzzi a fundarem o Biopark, Parque Tecnológico que está sendo construído com investimento 100% privado. Neste 22 de setembro de 2021, ao completar cinco anos, a iniciativa, que é resultado de uma trajetória que acumula mais de 40 anos de experiência em empreendedorismo e da fundação de empresas como a indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi – maior produtora de doses de medicamentos genéricos do Brasil, cresce em ritmo acelerado e apresenta números que surpreendem.

O Biopark está localizado em Toledo. A cidade é considerada a 7ª melhor cidade para se viver no Brasil e também “Capital Paranaense do Agronegócio”, estando em primeiro lugar no ranking de municípios com maior Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP).  Destaque também para a geração de empregos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro a junho de 2021, Toledo teve o maior saldo per capita entre os 21 municípios do estado com mais de 100 mil habitantes. Nesse cenário o Biopark  ganha corpo e, principalmente vida. São mais de 5 milhões de m² totalmente planejados e divididos em fases. Ao longo de 30 anos, o projeto deve chegar a 30 mil postos de trabalho e ter uma população estimada em 75 mil pessoas, morando, trabalhando e estudando.  

Concentrando-se em três grandes eixos: educação, negócios e pesquisa, o Parque une essas vertentes com foco em gerar oportunidades para pessoas e empresas, principalmente, para contribuir com o desenvolvimento regional.  Atualmente são mais de 20 obras em andamento, mais de R$ 300 milhões em investimento, quatro instituições de ensino, mais de 500 empregos gerados, pelo menos 90 vagas de emprego em aberto e mais de 100 negócios atuando, sendo 19 internacionais, tudo isso cria um Ecossistema onde já circulam diariamente 2 mil pessoas.  

ATRAÇÃO DE EMPRESAS – Para ter uma população futura estimada em 75 mil pessoas é necessário criar um ecossistema dinâmico e que demanda profissionais, e uma das formas que o Biopark encontrou para fazer isso é com a atração de empresas. O objetivo é recepcionar empresas em diferentes níveis de maturidade pertencentes aos ramos Agro, Saúde ou TI. A partir do momento que as empresas ingressam no Ecossistema, recebem suporte e apoio para que possam se desenvolver e crescer. 

Para tanto, o Biopark tem duas modalidades de atração de empresas, uma delas é a Incubadora, que atrai negócios em fase inicial e oferece mentorias, estrutura e ainda apoio financeiro mensal de R$ 2 mil durante os seis meses de incubação. Já para negócios com um grau de maturidade um pouco maior, que já tenham faturamento e colaboradores, existe o Programa de Residência, onde as empresas encontram estrutura física sem custo de aluguel pelo período de um ano, espaços que vão desde salas exclusivas para escritórios, áreas industriais ou coworking, bem como mentorias gratuitas e ofertadas nas mais diversas áreas por profissionais experientes.  

Há também as âncoras, grandes empresas, com destaque em seus ramos de atuação como é o caso da Prati-Donaduzzi, que no Parque instalou o seu Centro de Distribuição. O total de empresas instaladas no Biopark saltou de 4 em 2018 para 122 atualmente, sendo que empresas de outros países também tem encontrado benefícios únicos no local. É o caso da Biosamer, empresa chilena especialista em pesquisa e produção de probióticos – microrganismos benéficos à saúde que auxiliam, entre outras coisas, no fortalecimento do sistema imunológico e melhora da absorção de nutrientes. Hoje a empresa está presente em 30% de todas as redes de farmácias do Chile.

“O Biopark é um facilitador que ajuda a nossa adaptação no Brasil e os nossos negócios a terem fluidez. Essa adaptação é algo muito importante logo na nossa chegada, pois a cultura e o jeito de se fazer negócios são diferentes de um país para o outro.  Entre os benefícios ofertados pelo Biopark, além da ajuda para aprender o idioma, está o auxílio para explicação das normativas brasileiras, o que no meu caso é essencial para conseguir colocar o meu produto no mercado brasileiro”, explica o empreendedor Felipe Alejandro Castro Ramirez.  

Outra empresa residente é a Flexvet, que em quase um ano de residência, apresentou resultados expressivos em faturamento e visa concluir uma sede própria no Biopark nos próximos anos. “Os benefícios e principalmente as mentorias, fortalecem a empresa e coloca ela cada vez mais no caminho correto. Estou aplicando as mentorias e fazendo mudanças na empresa e isso já está refletindo no faturamento, realmente consegui dar um salto bastante expressivo. Todo o Complexo do Biopark passa uma segurança para quem está aqui dentro a ponto de eu ter adquirido também um terreno aqui. Hoje a Flexvet está se inclinando para começar a exportação e já pensamos em construir a nossa sede própria aqui nos próximos anos. Em um ano realmente sentimos que estamos dando um passo coreto”, explica o fundador da empresa, Dirceu Máscimo Junior. 

PESQUISA – Na área de pesquisa a atuação está baseada no conceito on demand side – que considera a realização de pesquisas que sejam relevantes para a sociedade e gerem benefícios reais e diretos. Entre os projetos destacam-se o laboratório de Biomateriais e Bioengenharia – LBB, fruto de uma parceria internacional entre Biopark, Universidade de Laval, do Canadá, e o Instituto de Bioengenharia do Hospital Erasto Gaertner – IBEG, de Curitiba. Seu objetivo é pesquisar recobrimentos antimicrobianos para dispositivos médicos, como cateteres venosos centrais. O desenvolvimento dessas pesquisas pode resultar em dispositivos capazes de prevenir infecções durante a sua implantação ou manipulação, trazendo mais segurança e qualidade de vida para pacientes em tratamento hospitalar.

Ainda na pesquisa, destaca-se o projeto de Desenvolvimento e Inovação em Queijos Finos, voltado a produtores rurais que queiram incrementar a renda com a produção de queijos finos de alto valor agregado e elevar a bacia leiteira do Paraná a outro patamar. Com equipe e laboratório dedicados exclusivamente para o projeto, o Biopark oferece gratuitamente todo o suporte necessário para os produtores, que vai desde o acompanhamento dos animais, até a transferência de tecnologia dos pesquisadores para que os produtores tenham conhecimento e autonomia para produção de queijos. Atualmente, cinco tipos de queijos finos já são comercializados por produtores dos municípios de Toledo, Cascavel e Diamante D’Oeste, e pelo menos mais nove queijos finos devem chegar ao mercado em breve.

TOLEDO

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