Biopark discute o futuro da alimentação e as mudanças nas preferências alimentares das novas gerações
A educação alimentar tem evoluído significativamente ao longo das gerações, refletindo mudanças sociais, tecnológicas e culturais. Nas prateleiras do supermercado, nos deparamos com produtos que indicam “alto teor de sódio”, “alto teor de açúcar adicionado”, “alto teor de gorduras trans”, que demonstram a transparência das marcas sobre os ingredientes e métodos de produção que a nova geração tanto valoriza.
A Geração X (nascidos entre 1965-1980), por exemplo, cresceu em um período marcado pela introdução de alimentos processados e fast foods, com a educação alimentar sendo transmitida predominantemente pelos pais e pela televisão. Embora as refeições caseiras fossem comuns naquela época, a conveniência dos alimentos rápidos começou a ganhar espaço.
Já a Geração Y (1981-1996), conhecida como Millennials, foram influenciados tanto pelos pais quanto pela revolução digital, passando a valorizar dietas mais saudáveis e a questionar a qualidade dos alimentos processados. Além disso, mais programas de educação alimentar começaram a ser incluídos nas escolas, e a influência das redes sociais começou a moldar os hábitos alimentares.
Enquanto isso, a Geração Z (nascidos a partir de 1997) cresceu em um mundo hiperconectado, onde a internet e as redes sociais são as principais fontes de informação. Esta geração é altamente influenciada por influenciadores digitais e valoriza a transparência das marcas sobre os ingredientes e métodos de produção. Com uma forte conscientização sobre saúde e sustentabilidade, preferem alimentos frescos, orgânicos e sustentáveis, mostrando uma tendência clara em evitar alimentos processados e adotar dietas à base de plantas.
Acompanhando toda essa evolução, o Biopark promoveu no final de maio uma edição do Circuito BPK com o tema “O Futuro da Alimentação”. Na ocasião, as empresas Farmabase, Natural Series e o presidente da Coopavel, Dilvo Groli, abordaram sobre os avanços que têm feito no setor. “O Paraná é um grande produtor de grão, carnes tantas coisas. Mas o que estamos vivendo hoje é uma pesquisa do passado; e o Biopark está à disposição de criar uma nova pesquisa para agregar valor a produção regional e dar sustentabilidade por meio de novas exigências do mercado bem como perspectivas de novos mercados”, enfatiza o presidente da Coopavel, Dilvo Groli.
Para o presidente do Biopark, Victor Donaduzzi, o futuro da alimentação será fortemente influenciado pela crescente conscientização sobre saúde e sustentabilidade. “As gerações futuras provavelmente continuarão a exigir transparência das marcas e preferirão alimentos que sejam bons tanto para a saúde quanto para o meio ambiente. A tecnologia também desempenhará um papel crucial, com a produção de alimentos à base de plantas e a biotecnologia, que prometem tornar a alimentação mais sustentável e acessível”, afirma.
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