Brasil registra média de 1.849 mortes por covid-19; total passa de 462,9 mil
Segundo o consórcio, a média móvel de óbitos, que usa dados dos últimos sete dias para corrigir distorções, está em 1.849, a quarta alta em dias consecutivos, mas 5% menor do que há duas semanas. O patamar ainda é considerado elevado e se equivale ao da primeira metade de março, quando o Brasil deu início à fase mais aguda da pandemia.
Já a média de casos, que vinha crescendo, começa a dar sinais de redução. Está em 60.934, ou 5% a menos do que 14 dias atrás. Este foi o quarto dia consecutivo de recuo discreto no indicador, mas o cenário é descrito por cientistas como preocupante. Para especialistas ouvidos pelo Estadão, há sinais de que os próximos meses podem ser muito piores que os anteriores.
Em números absolutos, o País registrou 34.960 novos casos da doença. Com isso, o acumulado chega a 16.547.674 diagnósticos durante a crise sanitária.
Um fator preocupante é que o número de pacientes internados com covid-19 voltou a subir em alguns Estados nos últimos dias. O mais recente boletim do InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostrou que outros locais já apresentam forte sinal de piora da pandemia. Há também regiões onde os indicadores pararam de cair.
Não há consenso entre os pesquisadores e o agravamento desses sinais já representa uma “terceira onda” em curso no Brasil. Diferentemente de outros países, como acontece na Europa, por aqui novos picos da doença começam sem que o anterior tenha sido completamente superado.
Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo o Ministério da Saúde, o País tem 14.964.631 pessoas recuperadas da doença.
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.
A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
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