Brasileiros disputam Pré-Olímpico de esgrima buscando últimas vagas em Tóquio
O desafio não será fácil, já que somente o campeão de cada modalidade vai garantir o seu lugar nos Jogos Olímpicos. Depois de um 2020 sem disputas internacionais em razão da pandemia do novo coronavírus, porém, os brasileiros voltaram a se preparar em alto nível e chegam confiantes para seus confrontos.
O espadista Athos Schwantes acredita que a sua experiência será um diferencial. O atleta esteve em preparação intensa na Europa desde janeiro e chega focado para a disputa. “Estou muito otimista, empolgado e confiante. Sei que a minha força mental nunca esteve tão forte. E vou aproveitar a minha vantagem de já ter jogado dois Pré-Olímpicos para me impor em cima dos meus adversários. A vontade nunca esteve tão grande”, afirmou.
Bia Bulcão entra em ação logo em seguida. A brasileira é a terceira melhor ranqueada na competição, em 81.º lugar no ranking olímpico da Federação Internacional de Esgrima (FIE, na sigla em francês). À sua frente estão somente a mexicana Nataly Michel (74.º) e a chilena Katina Proestakis (78.º). Depois de participar do Grand Prix de Florete, em Doha, no Catar, a atleta retomou o ritmo e quer jogar em sua melhor performance.
“Minha principal adversária sou eu mesma. Se eu conseguir jogar no nível técnico que eu posso, vou ficar bem satisfeita. Independente se o resultado vai vir ou não, o fato de eu saber que eu dei o meu melhor e que eu fui lá e fiz minha melhor performance é o que vai me deixar contente”, disse Bia, que vê a vaga olímpica como um resultado do seu desempenho. “Para conquistar a vaga, eu tenho que concentrar em mim. A vaga é uma consequência, eu tenho que chegar lá e jogar esgrima, fazer o que eu tenho que fazer e é isso aí. Não tem segredo”, finalizou.
O terceiro brasileiro a jogar neste sábado será Bruno Pekelman, que também passou por um período de intercâmbio esportivo. O atleta treinou durante quatro semanas na Geórgia com intensidade e qualidade técnica, depois de disputar a Copa do Mundo de Sabre. Será a primeira chance de Bruno jogar uma Olimpíada, com apenas 20 anos, sendo o mais jovem dos quatro esgrimistas do país na disputa.
Karina Trois joga neste domingo. Determinada em busca da vaga, a atleta do sabre quer disputar a sua primeira Olimpíada. Para isso, segundo ela, o controle mental será fundamental. “Tenho que manter o psicológico bem, porque a parte física e técnica eu já tenho de sobra. Agora, é me manter com a cabeça tranquila para conseguir extrair o melhor do meu jogo”, destacou.
O Brasil já tem dois esgrimistas garantidos em Tóquio-2020, através do ranking olímpico: Guilherme Toldo (florete masculino) e Nathalie Moellhausen (espada feminino).
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