Caged: Toledo fecha setembro com saldo positivo

Toledo encerrou o mês de setembro com saldo positivo segunda dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados na quarta-feira (26), pelo Ministério do Trabalho e Previdência. De acordo com o relatório, o município teve 2.530 contratações e 2.429 desligamentos; o resultado ficou em 101 (positivo).

O segmento que mais contratou foi o de Serviços, foram 987 admissões e 855 demissões (saldo positivo 138). Em segundo lugar ficou o setor de Comércio com 598 contratações e 554 desligamentos (saldo positivo 43). Os demais setores (Agropecuária, Construção e Indústria) tiveram resultados negativos.

No comparativo com os dados de agosto, o mês de setembro não superou os resultados. O setor de Serviços também foi aquele que mais contratou (com 1.062 admissões e 773 desligamentos e saldo de 289). Já o Comércio teve oscilação nos números, mas fechou com o mesmo saldo (+ 43) com a contratação de 662 trabalhadores e o desligamento 619. Um dos segmentos que teve variação expressiva foi da Indústria, pois em agosto teve 859 admissões, 757 demissões e saldo de 102.

QUADRO FUNCIONAL PREENCHIDO- A gerente de loja, Aparecida Silva, relata que em setembro foram abertas duas vagas para área de vendas. “Com o aquecimento da economia, estamos readequando os serviços. Em anos anteriores, uma ação mais comum era optar pelo serviço temporário, visto que estamos entrando no período de alavancar as vendas no comércio. Contudo, diante de nossa readequação optamos pela contratação efetiva”.

Segundo Aparecida, diante do aumento da comercialização no meio virtual, o objetivo é alavancar ainda mais as vendas. “É preciso de colaboradores que entendam como funciona, que respondam a clientela, pois o sistema é virtual, mas o atendimento especializado é um diferencial, por isso, o objetivo é capacitar, bem atender, propiciar um ambiente de trabalho propício para o quadro funcional”, explica.

Na avaliação da vice-presidente de Comércio e Serviços da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), Francielle Rezzadori de Souza, os dados de setembro retratam o avanço e a tendência é melhorar. Ela destaca que existem diversas vagas abertas no setor e a expectativa é de preenchimento.

TEMPORÁRIOS – Em relação as contratações temporárias, Francielle pontua que é um período de mais aquecimento do setor. “Várias pesquisas apontam o comércio confiante”, aponta. “Se olharmos a média de crescimento dos últimos meses da retomada, vamos sim fechar o melhor natal de todos os tempos”, relata com excelentes expectativas.

Em nível nacional, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê a contratação de 109,4 mil trabalhadores temporários no país para dar conta do aumento previsto para as vendas no varejo relativas ao Natal, estimado em 2,1%. Essa deve ser a maior oferta de trabalho temporário em 9 anos, quando, em 2013, foram abertos 115,5 mil postos.

A estimativa da CNC, divulgada na quarta-feira (26), é que a taxa de efetivação seja de 11%, o que representa 3 pontos percentuais a menos do que em 2021. No Paraná a projeção é que seja 8,9 mil postos. As previsões da CNC são baseadas em aspectos sazonais das admissões e desligamentos no comércio varejista, registrados mensalmente pelo Caged.

Os maiores volumes de contrato devem se concentrar no ramo de hiper e supermercados, no qual a previsão é de abertura de 45,5 mil vagas temporárias, e no setor de vestuário, com 25,8 mil.

Número está dentro do esperado, aponta diretor da Agência do Trabalhador

Analisando os dados do Caged, o diretor da Agência do Trabalhador, Rodrigo Souza, destaca que Toledo sempre se caracterizou pela diversidade de oferta de mão de obra, graças à indústria bastante variada e que, em geral, o saldo sempre são positivos e que o resultado de setembro ficou “dentro do esperado”. Na sua análise, ele destaca que o setor da construção civil tende, daqui por diante, aumentar os desligamentos por causa do fim de ano e encerramento de alguns contratos; outro setor que poderá ter uma leve queda é da agropecuária, pelo momento de pós-colheita.

Por outro lado, o comércio inicia a contratação para o fim de ano e isso poderá elevar o número de vagas no setor. “Isso só demonstra a força do município, onde o setor de transformação é destaque e isso gera a retenção econômica através de impostos e geração de empregos, fazendo com que a economia gire, trazendo riquezas para Toledo”, aponta Rodrigo Souza.

A novidade do Caged agora é demonstrar onde estão as contratações dos estrangeiros, por exemplo, que teve um saldo positivo de 100 novas vaga em agosto, sendo que o setor da indústria é o que mais contrata, assim como o comércio, “que tem contratado bastante estrangeiros no momento e isso chega a ser uma surpresa”.

QUALIFICAÇÃO – Souza cita ainda a rotatividade, algo que não é exclusividade de Toledo em sua opinião. Segundo ele, muitas empresas têm procurado a Agência de Trabalhador que teve uma ampliação de quase mil vagas somente no Sine de Toledo, preocupadas com esse rodízio grande de colaboradores. “Criamos ferramentas para oferecer mais estruturas aos empresários e facilitar o acesso da população”, comenta o diretor da Agência, acrescentando que muitas trocas acontecem por questões pontuais e que precisam ser investigadas.

“Precisamos encontrar uma solução enquanto poder público”, aponta Rodrigo Souza, citando o diálogo permanente com entidades como o POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), Comter, Comdet para criar um plano alternativo a apontar uma saída a essas empresas que precisam de mão-de-obra e nesse momento não têm.

Rodrigo Souza destaca também que na prática, hoje na Agência do Trabalhador em Toledo só está desempregado pessoas que não têm escolaridade ou várias experiências na carteira, ou seja, tem um número excessivo de contratações. “Estamos oferecendo qualificação profissional aos trabalhadores para que essas pessoas possam ser reinseridas no mercado de trabalho”, diz ele.

“Toledo é uma terra de muitas oportunidades de empregos e nós, enquanto poder público, temos de apontar caminhos para que as empresas ampliem as suas atividades, contratem mais pessoas e a economia de Toledo gire, ampliando o consumo das pessoas em nosso município”, finaliza o diretor da Agência do Trabalhador.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Agência Brasil

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