Campeão mundial dos 100m, Coleman tem pena reduzida, mas segue fora da Olimpíada

A suspensão por doping do velocista americano Christian Coleman, campeão mundial dos 100 metros em 2019, foi reduzida nesta sexta-feira a 18 meses pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês) após uma apelação apresentada à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que divulgou a decisão em um comunicado oficial após um julgamento em Lausanne, na Suíça.

Christian Coleman, de 25 anos, foi suspenso pela AIU por dois anos a partir de 14 de maio de 2020 por não cumprir três de suas obrigações de localização para exames antidoping em 2019. Agora o velocista só poderá voltar a competir em 14 de novembro de 2021, mas mesmo assim não terá como participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, que serão de 23 de julho a 8 de agosto deste ano.

No comunicado oficial, a CAS, instância máxima responsável pela Justiça Esportiva, explica que embora Christian Coleman tenha violado o artigo 2.4 do regulamento antidoping e apesar do fato de que deveria ter sido mais vigilante, seu grau de negligência “foi menos grave” do que o estabelecido a princípio.

O painel da CAS considera que se o responsável pelo controle tivesse ligado para Christian Coleman ao chegar em sua casa, ele poderia retornar a tempo e poderia ter sido submetido ao teste antidoping, de acordo com o comunicado oficial do tribunal.

Em sua defesa, Christian Coleman afirma que foi comprar presentes da Natal na data de dezembro de 2019 e que voltou para casa dentro da janela de uma hora determinada para o teste. Mas os agentes que foram à casa dele afirmam que ficaram todo o período na porta e que o atleta não apareceu.

A defesa de Christian Coleman argumentou que ele poderia ter recebido um telefonema alertando para que voltasse rapidamente ao local e a CAS admitiu que isso poderia ter sido feito, apesar de não ser uma obrigação dos agentes.

Campeão mundial dos 100 metros em Doha, no Catar, em 2019, com o tempo de 9s76, Christian Coleman era favorito ao ouro na prova mais rápida do atletismo. Em comunicado oficial divulgado pela assessoria de imprensa do velocista, ele lamenta a decisão e diz focar na próxima temporada.

“Embora eu aprecie que os juízes tenham corretamente considerado que sou um atleta limpo, obviamente estou decepcionado por perder as Olimpíadas. Estou ansioso para representar os Estados Unidos nos Mundiais em 2022, especialmente no Mundial nos Estados Unidos, onde planejo defender meu título contra o novo campeão olímpico dos 100 metros”, disse o velocista, referindo-se à competição em Eugene, no estado do Oregon.

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