CAPS AD III/SIM PR busca retomar número de atendimentos
O acolhimento faz parte do tratamento ao paciente com transtornos decorrentes do uso abusivo ou da dependência do álcool ofertado pelo Serviço Integrado de Saúde Mental (SIM PR) na modalidade Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD III) – do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar). A unidade atua no processo de retomada do aumento nos atendimentos diante da queda ocorrida ainda no período da pandemia.
Durante a pandemia houve a diminuição dos atendimentos prestados pelo Serviço, como a suspensão dos atendimentos presenciais (Ambulatorial e Acolhimento Integral). O suporte prestado naquele período envolveu orientações e busca ativa aos pacientes para garantir que os mesmos não abandonassem o tratamento.
Com a vacinação e com a flexibilização das restrições impostadas e seguindo as orientações determinadas pelo Ministério da Saúde, Secretária de Saúde do Estado do Paraná, 20ª Regional de Saúde e Ciscopar para a proteção de funcionários e pacientes, em 2021 e 2022, os atendimentos começaram a ser retomados de maneira gradativa, sendo ofertado, primeiramente, os atendimentos de forma online aos municípios que conseguiram disponibilidade das ferramentas necessárias e ambiente adequado para a realização desta modalidade de atendimento. Tais ações passaram a refletir nos atendimentos do ano passado.
“Observamos pelos números de atendimentos do ano de 2023 que os pacientes deste serviço, estão voltando a buscar a assistência prestada pelo CAPS AD III/SIM PR- CISCOPAR, visto que durante a pandemia houve a diminuição dos atendimentos prestados e da procura da parte dos pacientes”, justificam a gerente do SIM PR, Isadora Pereira Frata, e a terapeuta ocupacional, Aline Andreia Klein, ao destacarem que entre os desafios enfrentados em 2023 esteve a reorganização do serviço devido as mudanças de direção e gerência.
ATENDIMENTO QUE MUDA VIDAS – O Caps AD III/ SIM PR disponibiliza tratamento para dependência química a população adulta, além de poder atender adolescentes, dos 18 municípios pertencentes a 20ª Regional de Saúde.
“O CAPS AD III/SIM PR possui duas formas de entrada do paciente no serviço, por demanda espontânea e por encaminhamento pelos técnicos responsáveis dos municípios consorciados. Assim como, disponibiliza duas modalidades de tratamento a este público: o Ambulatorial, nesta modalidade o paciente realiza o tratamento em seu domicílio, vindo ao CAPS AD III/SIM PR para os atendimentos individuais e oficinas terapêuticas; e o Acolhimento Integral, no qual o paciente por demanda própria opta por permanecer no serviço em um período de até 14 dias dentro de 30 dias para sua desintoxicação”, pontuam as profissionais.
Quando o paciente recebe alta do Acolhimento Integral, ele retorna ao seu município de origem com o Plano de Cuidado. Segundo Isadora e Aline, esse Plano de Cuidado é elaborado em conjunto com o paciente e contém informações sobre como foi o período de Acolhimento Integral, as ações e atividades realizadas pela equipe do SIM-PR, as principais ações (necessidades identificadas) a serem desenvolvidas de acordo com prioridades no município de origem do paciente e orientações pertinentes para dar continuidade ao seu tratamento. “Deste modo conseguimos acompanhar sua evolução nesse trabalho em rede”, afirmam.
EXPECTATIVAS PARA ESTE ANO – Em relação as metas de 2024, as profissionais destacam que a mais desafiadora é encontrar um novo espaço para poder ampliar os atendimentos e leitos de acolhimento/ internamento. Além disso, é ter o quadro de funcionários completo para aumentar o número de atendimentos.
“Consideramos que nosso serviço está retomando o número de atendimentos pré-pandemia da Covid-19, ainda temos muitos desafios pela frente, como a abertura da Unidade de Acolhimento, local no qual os pacientes que necessitarem de maior tempo de acolhimento poderiam ir após passar os 14 dias de desintoxicação no CAPS AD III/SIM PR, estar mais próximos dos municípios atendidos pelo serviço por meio da realização de Matriciamentos, feedbacks sobre os atendimentos prestados aos responsáveis técnicos dos municípios e busca ativa de pacientes. Como equipe, vamos continuar trabalhando para melhorar ainda mais o serviço prestado para o público que busca assistência desta Unidade”, salientam as profissionais.
Da Redação
TOLEDO
***RETRANCA***
Foto: simpr_familia – vertical
Crédito: Janaí Vieira/Arquivo JO
Legenda: Contar com apoio familiar também envolve ter para onde voltar
Apoio familiar é importante no processos de recuperação
A Unidade Básica de Saúde (UBS) é considerada a porta de entrada para o Serviço Integrado de Saúde Mental (SIM PR) na modalidade Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD III). O paciente é encaminhado ao Caps AD III/SIM PR pelos profissionais cadastrados como técnicos de referência do município.
Assim que o paciente chega no Serviço, ele é acolhido por um integrante da equipe multiprofissional. O processo inicial envolve a primeira análise da situação, em que a equipe verifica se de fato a pessoa que veio buscar atendimento compete ao serviço, se sim, é iniciada a sequência dos serviços para melhor atender esse paciente.
A IMPORTÂNCIA DO APOIO FAMILIAR – A adesão ao tratamento envolve comprometimento e o desejo do paciente. A parte de compete a área da saúde (atendimentos clínicos, dispensação de medicamentos, oficinas, acolhimento, entre outros) fica a cargo da equipe profissional responsável. O processo envolve também o apoio das famílias desses pacientes – sempre que isso é possível.
“Desde a implantação do CAPS AD III/SIMPR, em 2014 até os dias atuais, sempre foi reconhecida a importância da família no tratamento do dependente químico, buscando aproximar estes por meio de atendimento e oficinas”, explicam a gerente do SIM PR, Isadora Pereira Frata, e a terapeuta ocupacional, Aline Andreia Klein. “Contudo, esta participação sempre foi baixa, devido a uma grande parcela do público atendido pelo serviço apresenta aos vínculos familiares rompidos”.
Conforme as profissionais é necessário ressaltar, que muitos pacientes se encontram com os vínculos familiares fragilizados/rompidos, devido a tudo que envolve a dependência química. Além disso, eles desenvolvem uma inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo, resultando em relacionamentos difíceis, desgastados ou destrutivos, conhecido como codependência.
“No entanto, existem aqueles que possuem os vínculos familiares bons, promovendo assim um suporte para a efetividade do tratamento deste paciente. A família é um dos pilares de apoio do paciente, são importantíssimos na evolução do tratamento. Os familiares os motivam e os confortam durante o processo e com isso conseguem se manter em acompanhamento com frequência”, reforçam as profissionais.
Da Redação
TOLEDO