Casa Branca: outro ataque é provável em Cabul, é a parte mais perigosa da missão

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta sexta-feira, 27, que outro ataque terrorista é provável em Cabul, seguindo o atentado de ontem na região do aeroporto de Cabul. Em coletiva de imprensa, a representante indicou que a ameaça é contínua, e que as tropas seguem em risco no terreno. “É a parte mais perigosa da missão”, disse Psaki sobre o final das evacuações no Afeganistão.

Psaki afirmou que há conversas para um encontro no âmbito do G20 para tratar da questão afegã e que detalhes devem sair nos próximos dias. Sobre pedidos de renúncia do presidente que alguns opositores vêm fazendo, ela reafirmou que não é tempo para política, e que todos deveriam apoiar Joe Biden no momento.

“Precisamos de coordenação com Taleban para seguir a evacuação, não confiamos no grupo, mas realidade é seu comando”, afirmou a porta-voz sobre o governo que lembrou que “não é nossa escolha”. Por sua vez, questionada sobre relações do Taleban com o Isis K, grupo local ligado ao Estado Islâmico que reivindicou o atentado de ontem, afirmou que os registros são de que os grupos são inimigos e que não há informações sobre alianças.

A reunião de Biden com o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, foi tema de perguntas. Sobre discussões acerca das doses de reforço da vacina contra a covid-19 serem adiantadas no país, algo que vem ocorrendo na campanha israelense, onde as injeções vem sendo aplicadas depois de cinco meses, Psaki afirmou que as aplicações nos EUA no momento seguem a recomendação dos oito meses das autoridades de saúde locais. Quanto às relações com Teerã, apontou que Washington conta com uma série de “opções”, mas que a prioridade com o Irã é a diplomacia. Questionada sobre por quanto tempo o governo espera seguir com as negociações, afirmou que “não tem um cronograma”.

Nas tratativas sobre a moratória de despejos no país, que seguem no plano judicial, Psaki afirmou que “o objetivo é manter o máximo de pessoas em suas casas o quanto for possível”, e que o Plano de Resgate Americano busca fazer isso. Segundo a porta-voz, os estados têm fundos para fazer isso, e a administração espera facilitar acesso às verbas.

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