Geraldo Brindeiro foi procurador-geral nos governos FHC

O ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro morreu ontem, aos 73 anos, vítima de complicações da covid-19, segundo informações da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Brindeiro comandou o Ministério Público Federal (MPF) de 1995 a 2003, nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Brindeiro ainda trabalhava como subprocurador – era o mais antigo em exercício. O atual procurador-geral da República, Augusto Aras, decretou luto oficial de três dias na instituição. “Perdemos um valoroso colega, um homem que devotou a vida ao Ministério Público. Geraldo Brindeiro foi um incansável defensor da independência funcional, a própria e a dos colegas”, disse Aras.

Pernambucano e formado em Direito, Brindeiro iniciou a carreira no Ministério Público Federal em fevereiro de 1975. Antes disso, foi assessor jurídico do tio, o ministro Djaci Falcão, no Supremo Tribunal Federal, professor na Faculdade de Direito do Distrito Federal e atuou também no Tribunal de Contas da União e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

REPERCUSSÃO

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, afirmou que Brindeiro “honrou” o Ministério Público. “Com sua partida, o Brasil perde um dedicado servidor público, um cidadão respeitável e um defensor da Constituição brasileira.”

O presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta, prestou solidariedade aos amigos e familiares de Brindeiro. “Colega de trato gentil e bastante leal, Geraldo Brindeiro foi, dentre outras coisas, responsável pela construção da sede atual da PGR, além de ter promovido diversos concursos de ingresso na carreira, ampliando em muito o MPF.”

O presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, Manoel Murrieta, disse que toda a sociedade perde com a morte de Brindeiro. “É uma perda não só para o Ministério Público, mas para toda a sociedade, que deve ao doutor Brindeiro os mais elevados agradecimentos, pela luta no fortalecimento da independência funcional da classe.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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