CMDAT debate formação de Câmaras Técnicas em evento no Sindicato Rural

Instituído recentemente, por meio da Lei nº 2.348/2021, o Conselho Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio de Toledo (CMDAT) definiu, na última quarta-feira (10), a composição das câmaras técnicas de Sanidade Animal e Vegetal e de Manejo e Conservação de Solos e Águas.

A decisão ocorreu em encontro realizado no anfiteatro do Sindicato Rural de Toledo e com a presença de autoridades públicas e de lideranças empresariais, sindicais e acadêmicas.

Para a coordenação da Câmara Técnica de Sanidade Animal e Vegetal foi indicado o representante da Associação dos Engenheiros de Pesca do Paraná (AEP-PR), Eder André Gubiani. Douglas Sala de Faria, da Coamo Agroindustrial Cooperativa, foi escolhido para ser o titular da coordenação da Câmara Técnica de Manejo e Conservação de Solos e Águas; sua suplente será Silvia Peixer Cordeiro, do Sindicato Rural de Toledo.

OBJETIVOS – O presidente do CMDAT, João Luis Nogueira, destaca que as câmaras técnicas, compostas por especialistas nas suas respectivas áreas, representam um pilar fundamental para o Conselho. “Esses grupos de trabalho vão alavancar as nossas atividades, pois existem questões muito importantes por serem decididas num curto espaço de tempo. Entre elas, está o reforço na vigilância animal num contexto em que o Paraná se tornou área livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação, pois qualquer falha pode causar um retrocesso de décadas em se tratando de exportação da nossa carne para outros mercados”, comenta.

“Outro ponto em que precisamos dar uma atenção especial diz respeito à melhor utilização do solo e principalmente de água, uma vez que a escassez hídrica que vivenciamos recentemente tem se tornado um evento cada vez mais comum ante as mudanças climáticas pelas quais nosso planeta está passando”, acrescenta o presidente do CMDAT.

PRODUÇÃO – Nogueira, que também é diretor de Desenvolvimento Agropecuário e Abastecimento da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, destaca que o CMDAT já nasceu forte em razão de contar com representantes não só da produção no campo, mas também da indústria de transformação destas matérias-primas e de empresas que prestam serviços e vendem insumos e equipamentos para os outros dois setores. “Poder Público e sociedade civil organizada precisam andar sempre de mãos dadas, inclusive no agronegócio. Precisamos debater assuntos que fazem parte do cotidiano, mas também devemos nos unir em assuntos mais amplos, sendo que alguns são até urgentes. Exemplo disso é a intenção do Mapa [Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] fechar seu escritório local. Já enviamos um ofício para a ministra Tereza Cristina no sentido de convencê-la a desistir da ideia, pois aqui temos alguns dos maiores produtores agropecuários e agroindustriais do Brasil, o que, por si só, já justifica a permanência desta repartição”, destaca. “Nosso país é campeão mundial em exportação de alimentos, o Paraná é o estado que mais vende proteína animal para o exterior e cujo município de maior VBP [Valor Bruto de Produção Agropecuária] é Toledo. Quer motivos melhores que estes para o Ministério ficar por aqui?”, questiona.

TOLEDO

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