CNI estima alta de 1,2% no PIB em 2022 e de 0,5% para PIB Industrial
Depois de crescer a uma taxa projetada de 5,2% em 2021, o PIB industrial deve rodar abaixo da estimativa para a economia como um todo em 2022.
Para a CNI, o setor deverá crescer apenas 0,5% no próximo ano. A projeção para a Indústria de Transformação também é de alta de 0,5%, para a Indústria Extrativa a estimativa é de 2,0% e para a Indústria de Construção a previsão é de 0,6%.
“A atividade econômica também deve se beneficiar da normalização da demanda por serviços prestados às famílias, que ainda está abaixo do nível pré-pandemia, e alguns setores industriais, principalmente aqueles ligados a investimentos, como a cadeia da construção civil e de bens de capital, as quais ainda devem ter o nível de produção impulsionado por pedidos e projetos provenientes de 2021”, avaliou o presidente da CNI, Robson de Andrade.
A entidade divulgou ainda outros dois cenários. No mais pessimista, o PIB cresceria apenas 0,3%. Já no cenário otimista, a expansão poderia chegar a 1,8% em 2022.
“A inflação elevada, com consequentes altas nas taxas de juros, o alto endividamento das famílias, o desemprego, a escassez de insumos e matérias-primas e os custos de energia em elevação são fatores conjunturais desfavoráveis. Além disso, ainda há incertezas sobre o andamento da pandemia e o temor de algum retrocesso, como ocorre atualmente na Europa”, completou Andrade.
Outros indicadores
A CNI também divulgou projeções para as demais variáveis macroeconômicas. A entidade espera uma inflação de 5,0% em 2022, no teto da meta para o próximo ano. Já a taxa Selic, atualmente em 9,25% ao ano, deve chegar a 11,50% em dezembro de 2022. A taxa de desemprego deve continuar alta, em 13,00% na média do próximo ano.
O setor projeta que a taxa de câmbio média de 2022 ficará próxima da atual, em R$ 5,60. As exportações devem somar US$ 280 bilhões e as importações US$ 220 bilhões, culminando com um superávit na balança comercial de US$ 60 bilhões. Para o saldo de transações correntes, a CNI projeta um déficit de US$ 30 bilhões.
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