Esforços pela paz

*Prof. Dr. Valmor Bolan

A tensão na Rússia provocada pela sublevação do Grupo Wagner (que é um exército privado comandada pelo mercenário Yevgeny Prigozhin), deixou o mundo em estado de alerta. Ele se insurgiu contra o Ministério da Defesa da Federação Russa, tomou a cidade de Rostov-on-Don e ameaçou marchar sobre Moscou. Mas a situação foi contida, com mediação do ditador Alexander Lukashenko, de Belarus, aonde Prigozhin teria se refugiado. Tudo isso causou grande apreensão, pela escalada da violência na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, e temeu-se uma guerra civil na Rússia, com uma tentativa de golpe de Estado, inclusive com resposta nuclear.

Segundo a AFP, “o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, obteve um trunfo para sua imagem ao mediar o acordo que evitou um confronto armado na Rússia, mas no futuro poderia lamentar o pacto segundo o qual seu país receberá o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin, avaliam observadores”. E acrescentou que “Belarus aceitou receber armas nucleares táticas russas após um acordo entre Lukashenko e Putin. ‘Pôr armas nucleares em território bielorrusso é a anexação russa de Belarus em câmera lenta’, comentou William Alberque, diretor de Estratégia, Tecnologia e Controle de Armas do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IIES)”. Com isso, a preocupação é crescente, por isso que é preciso que se intensifiquem os esforços pela paz.

O episódio da sublevação de Prigozhin mostrou também ao mundo o modus operandi do seu exército privado, formado por mercenários pagos, criminosos soltos para combater na guerra, muitos deles com excessos de violência e crueldade. Thomas J. Reese, falando dos esforços de paz empreendidos pelo Papa Francisco, diz que o pontífice “reconheceu ‘a brutalidade e a ferocidade com que essa guerra está sendo travada’ pelo lado russo. ‘Embora testemunhemos a ferocidade e a crueldade das tropas russas’, disse ele na entrevista à La Civiltà Cattolica, ‘não devemos esquecer os problemas e devemos tentar resolvê-los”. Por isso a importância dos esforços de paz, e o apoio a todos aqueles que estão empenhados. Rezemos para que possamos avançar nesse sentido. O mundo precisa de paz!

Valmor Bolan é Doutor em Sociologia. Professor da Unisa. Ex-reitor e Dirigente (hoje membro honorário) do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras. Pós-graduado (em Gestão Universitária pela OUI-Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal-Canadá.

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