O retorno do Brasil na seara internacional

O Brasil almeja retomar protagonismo nas relações internacionais, desgastadas no último período presidencial. O decréscimo de relevância da ONU ocorre ao mesmo tempo em que a ordem global está sendo redesenhada pela China em aliança com a Rússia. Abre-se, portanto, janela de oportunidade para o país sair do isolamento, atrair a opinião pública internacional e na arquitetura do mundo multipolar que se constrói atualmente.

Em momentos de crescente tensão internacional, é importante o país ocupar espaços e imprimir narrativas de cunho social e ambiental, dada a incerteza da governança global. Os desafios tornam-se complexos, o que leva o Brasil a sedimentar alianças com a América Latina, África e o sul global.

Nesse ponto, a defesa do discurso do incumbente em fóruns como o G-20, G-77 + China e na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas está pautada na necessidade de negociação igualitária entre os países do sul e do norte, uma vez que a dependência das potências do eixo norte-atlântico no campo alimentar e energético é patente.

Por outro lado, o país precisa imprimir credibilidade junto à comunidade internacional. Alterações abruptas na condução da política interna e externa são sequelas que atestam a fragilidade da democracia brasileira. A desconfiança do mercado se deve a conjuntura nacional ao valorar políticas de governo ante às de Estado.

O retorno de confiança, fundamental para o sucesso do atual governo, depende em traçar caminho seguro e permanente. Desta forma, o protagonismo do Brasil no mundo, que se desenha multipolar será importante para a defesa dos interesses estratégicos nacionais e ser voz ativa na condução de uma nova ordem mundial.

Rogério no Nascimento Carvalho é advogado, professor universitário, doutorando Prolan/USP.

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