Coluna da ADI 24/10/2020
Prêmio científico nacional
O projeto de reflorestamento usando foguetes, desenvolvido por três alunas do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo, de Palotina, no Oeste do estado, é um dos 10 finalistas do prêmio Respostas para o Amanhã, da Samsung, que contempla inovações científicas e tecnológicas de todo o país. A iniciativa consiste no uso de protótipos que têm um compartimento para abrigar sementes. O minifoguete é lançado e, quando atinge a altura máxima, a peça com as sementes se desencaixa e desce até o solo. Dessa maneira, é possível reflorestar áreas de difícil acesso, onde não é possível chegar com plantadeiras.
Negócios da madeira
Uma rodada de negócios totalmente online voltada ao setor de madeira e móveis será realizada nos dias 17 e 18 de novembro. O evento é totalmente direcionado a empresas sediadas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A promoção é da Apex-Brasil, em parceria com o Sistema Fiep, a Fiesc e a Fiergs. Serão convidados compradores das Américas, Europa e Oriente Médio e selecionados de acordo com as potencialidades do setor na Região Sul. Os segmentos prioritários são: móveis de madeira (indoor), componentes de madeira e insumos de madeira. Mais informações no e-mail internacional@fiepr.org.br.
Ipardes
O Ipardes – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes, tem novo diretor-presidente. Assume o cargo Antonio Guilherme de Arruda Lorenzi, substituindo Carlos Gomes Pessoa. O novo diretor-presidente é engenheiro, formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e doutor em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). “É uma grande honra poder contribuir e somar aos dedicados colaboradores do Ipardes. Tenho certeza de que o trabalho desenvolvido pela equipe é essencial para subsidiar as tomadas de decisão do Governo do Paraná com pesquisas, estudos e projetos de políticas estaduais de desenvolvimento, sempre com muita transparência e qualidade”, afirma Lorenzi.
Preço do trigo
Apesar do pico da colheita, a cotação do trigo para dezembro na Bolsa de Chicago registrou alta de quase 15% nos últimos 30 dias. De acordo com especialistas, os produtores brasileiros, assim como os agricultores argentinos, russos e americanos estão retendo o cereal à espera de altas ainda maiores. “Com o avanço da colheita em importantes regiões produtoras como Paraná e Rio Grande do Sul, e em certa medida na Argentina, o cenário natural seria uma queda nos preços. No entanto, o clima muito irregular, reduziu a estimativa de safra da safra gaúcha e oeste do Paraná, fato que vem favorecendo a alta neste momento”, destaca o analista da Safras e Mercado, Jonathan Pinheiro. A seca também provocou perdas em outros players importantes do cereal como Rússia, Estados Unidos e Ucrânia.
Carcaça bovina
O levantamento realizado pela a StoneX apontou que os preços da carcaça bovina registraram uma valorização de 16% no último trimestre, na qual foram motivadas pelos ganhos recentes no preço do animal terminado no mercado físico. Os valores da carne suína apresentaram um crescimento de 61% e os preços do frango tiveram um crescimento de 29% no último trimestre. Diante da crise econômica ocasionada pela a pandemia de covid-19, a grande preocupação do mercado é como será o comportamento do consumidor pela as proteínas animais e se vão conseguir absorver as altas recentes no preço da carne bovina no varejo. O último trimestre no ano é marcado por um aumento sazonal nas compras da China, já os chineses fazem a composição dos estoques de proteína animal para as festividades do ano novo lunar.
Prévia da inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, teve alta de 0,94% neste mês. Esta é a maior taxa para um mês de outubro desde 1995, quando havia ficado em 1,34%. A taxa também é superior à de setembro deste ano (0,45%). Com o resultado, o IPCA-15 acumula taxas de inflação de 2,31% no ano e 3,52% em 12 meses. Os dados foram divulgados na última sexta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo de despesas que mais influenciou a prévia da inflação em outubro foi alimentação e bebidas, que registrou alta de preços de 2,24%. Entre os produtos que apresentaram inflação no período: carnes (4,83%), óleo de soja (22,34%), arroz (18,48%), tomate (14,25%) e leite longa vida (4,26%).
PIB do agronegócio
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou a projeção da taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) do setor agropecuário de 1,6% para 1,9% em 2020. O percentual anterior tinha sido divulgado pelo Ipea, no dia 1º de outubro, na Visão Geral da Carta de Conjuntura número 48. De acordo com o Ipea, a revisão foi feita com base nas novas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),para a produção agrícola em 2020, que foram divulgadas neste mês. Além disso, um estudo do Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea levou em consideração projeções próprias para a pecuária a partir dos dados das Pesquisas Trimestrais do Abate, Produção de Ovos de Galinha e Leite.
Projeção 2021
Para o ano que vem, o Grupo de Conjuntura revisou a projeção de crescimento do PIB agropecuário de 2,4% para 2,1%. A revisão para baixo dos números estimados para 2021 é reflexo do aumento da base de comparação, com o melhor resultado esperado para 2020. Conforme o boletim, divulgado hoje, essa alta da base de comparação em 2020 “é consequência de estimativas mais otimistas para as safras de soja e de milho do IBGE este ano. Essas culturas anteciparão parte da safra do início do próximo ano para o fim deste ano”. Para o próximo ano, foram usadas as projeções do primeiro levantamento do Boletim de Grãos da Safra 2020/2021 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e de lavoura da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Investimento direto
Em um ambiente de incertezas sobre o futuro do Brasil, na esteira da pandemia do novo coronavírus, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 1,597 bilhão em setembro, informou o Banco Central. No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 6,033 bilhões. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 1,6 bilhão a US$ 6,3 bilhões, com mediana de US$ 2,1 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de setembro indicaria entrada de US$ 2,0 bilhões. No acumulado do ano até setembro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 28,554 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 50,0 bilhões. Este valor foi atualizado no último Relatório Trimestral de Inflação.
Matéria-prima em falta
Depois de paralisar a produção por causa das medidas de distanciamento social adotadas para combater o avanço da pandemia de covid-19, a indústria brasileira enfrenta dificuldades para adquirir insumos e matéria-prima. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 68% das empresas consultadas revelam dificuldades para comprar insumos ou matérias-primas no mercado doméstico e 56% no mercado internacional. A CNI consultou 1.855 empresas entre os últimos dias 1º e 14. No levantamento, 82% das indústrias consultadas relataram alta nos preços — 31% falaram em “alta acentuada”. Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, a economia reagiu em uma velocidade acima da esperada, o que provocou um descompasso entre oferta e procura por insumos.