Coluna do Editor 07/07/2021
Violência
Vejam como o destino prega algumas peças no gestor público. As situações de violência contra a mulher devem ser combatidas em todos os níveis e pelos diversos setores. Um caso recente de cárcere privado e tortura foi divulgado nesta segunda-feira (5) e motivou uma reunião na Prefeitura de Toledo e contou com a participação de representantes do Governo Municipal e dos Coletivos ‘Juntas’ e ‘Tenda Mariellas’.
Compromisso?
Aí, durante o encontro, o prefeito Beto Lunitti se manifestou bastante solidário à vítima e reafirmou o compromisso com o combate a estas situações. Mas que compromisso se ele tem uma proposta de fechar a Secretaria de Políticas para Mulheres tramitando dentro da Câmara Municipal. Que compromisso é esse? “Temos que aproveitar este momento, fazer as coisas para o bem das pessoas. Precisamos colocar o setor público e a economia a serviço da vida”, frisou o prefeito, de acordo com material encaminhado pela Secretaria de Comunicação Social.
Fechamento
A secretária de Política para as Mulheres (SPM), Jennifer Teixeira, também participou do encontro e garantiu que o poder público irá atuar neste caso “Enquanto uma mulher sofrer violência em Toledo o governo não vai se calar”, afirmou a secretária que, semana passada, esteve na Câmara Municipal também defendendo o fechamento da pasta da mulher.
‘Blá, blá, blá’
Depois do encontro as representantes destes Coletivos disseram estar satisfeitas com o diálogo. Ah, com todo respeito, satisfeitas em ouvir ‘blá, blá, blá’ sabendo de um projeto que tramita dentro do Legislativo no sentido totalmente contrário ao que se precisa – e se realiza – hoje em prol de um atendimento mais digno às mulheres vítimas de violência?
Silêncio
Por parte destes Coletivos e do Conselho Municipal da Mulher tem havido é um silêncio sepulcral em torno do assunto, posicionamento bem diferente do passado, quando se fez uma gritaria com proposta semelhante apresentada pelo ex-prefeito Lucio de Marchi. O que mudou nesse período? Um questionamento que vale reflexão por parte da sociedade organizada.
Cálculo
Chumbinho Silva (PP) disse ter feito um cálculo sobre a tal reestruturação administrativa proposta pelo prefeito Beto Lunitti (MDB) e chegou à conclusão que o gasto com pessoal subiria em torno de R$ 407.950 ao ano. “Onde estaria a economia”, questionou o vereador que emendou: “Não importa a estrutura administrativa, importa como ela é tocada”, disse ele, lembrando não estar na Câmara para barrar nada. “Vamos analisar e votar pelo que é melhor”.
Agricultura
Um ponto Chumbinho não concorda de jeito nenhum: a extinção da Secretaria de Agropecuária. O vereador reforçou seu ponto de vista e lembrou que Toledo tem a liderança do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBPA) há anos e que assim deverá permanecer por muito tempo ainda não sendo, portanto, compatível com uma cidade com tamanha vocação agrícola perder a pasta específica para isso. “Não vão me convencer que diretor e coordenador vão fazer o que é preciso”, disparou Chumbinho.
Sem economia
“A gente deixa de economizar para ampliar e qualificar o serviço público”. A frase é do chefe de Gabinete da Prefeitura de Toledo, Marcio Pena Borges, o Peninha, dita durante encontro com os vereadores da Comissão de Trabalho.
Otimização
Na visão de Elton Welter (PT), caso a proposta se torne realidade e com a otimização de pessoal, espaços e recursos, não vê porque não aprová-la. Deixou nas entrelinhas que votará a favor do projeto.
Extra
A Câmara de Toledo realiza sessão extraordinária para a votação de cinco projetos de leis, entre os quais o que autoriza a concessão do Benefício Eventual Auxílio-Alimentação, o que autoriza pagar com recursos próprios valores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FNDE e ainda três autorizações de abertura de créditos de cerca de R$ 29 milhões. A sessão extraordinária foi marcada para hoje (7), a partir das 9 horas.
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