Coluna do Editor 24/02/2021
Medidas
Acompanhei do início ao fim a entrevista coletiva concedida pelos gestores municipais na segunda-feira e questionei o prefeito Beto Lunittti (MDB) se as medidas tomadas no último fim de semana em relação à Covid-19 em Toledo não poderiam ter sido tomadas antes.
Não!
Ele foi enfático em sua resposta: “Não!” A gestão, na visão do prefeito, tomou as medidas corretas no tempo certo.
Lotadas
Respeito a posição do prefeito, entretanto, não posso concordar que o aperto na fiscalização não poderia ter sido dado antes, afinal, de acordo com dados da própria Secretaria Municipal de Saúde, a tendência é fecharmos o mês de fevereiro com o recorde de casos desde o início da pandemia, isso em março do ano passado. Além disso, o índice de ocupação dos leitos de UTI indicava justamente o que se viu agora: regionais lotadas!
Antecedentes
Por falar em lotação, também não foi apenas neste fim de semana que muitos estabelecimentos desrespeitaram o previsto no decreto estadual em relação à Covid no Paraná. Os antecedentes já permitiam uma ação mais enérgica por parte da administração municipal em Toledo, algo que já vem acontecendo em outros municípios justamente para evitar esse aumento exagerado de casos.
Em Chapecó (SC), por exemplo, o prefeito João Rodrigues anunciou um novo decreto fechando o comércio, academias, lotéricas, parques, praças e anunciando “toque de recolher”, das 22 até às 5 horas. Todos os serviços não essenciais, como restaurantes, lojas, shopping deverão ficar fechados. O serviço de tele-entrega é permitido. O transporte coletivo vai funcionar com 50% de lotação. Supermercados deverão trabalhar com 30% da capacidade. Indústrias permanecem funcionando.
Freada
O prefeito disse que tomou a medida devido à lotação dos hospitais e da UPA-24, onde flagrou pessoas sentadas esperando leitos. Isso mesmo com a ampliação dos leitos de UTI de 35 para 62 e, de enfermaria, de 26 para 80 leitos. “Não sou favorável ao lockdown mas diante do cenário, consultando integrantes do comitê de Enfrentamento à Covid, resolvemos fechar algumas atividades. É só cinco dias, se diminuir o contágio a gente volta. Temos que fazer tudo o que for possível para dar uma freada no vírus. Essa é uma situação que não é só Chapecó que está vivendo. Peço o apoio de todos, é por poucos dias”, disse o prefeito em entrevista à imprensa.
O leitor escreve
“Bom dia. Estava lendo a sua coluna do dia 22, sobre a confusão no parque com o skatista. Com a remodelação da calçada do lago, é quase impossível correr no local, porque o espaço se tornou pista para skatista e patins. É preciso alerta sobre isso também antes que aconteça algum acidente”. Mensagem enviada por um leitor.
Bagunça do lago
Ainda sobre a região do lago municipal, sugeri aqui a construção de um pista no local para os adeptos do skate após uma tremenda confusão no domingo de Carnaval, com direito a agressões física e verbal. Nunca é demais lembrar que existe uma pista para essa modalidade no Jardim Porto Alegre e aí cabe a pergunta: por que essa galera não vai lá? Quais os motivos para não irem ao espaço destinado aos skatistas?
Terra de ninguém
Outra questão que preciso abordar é o que tem acontecido na terra de ninguém chamada redes sociais. O homem que aparece reagindo contra um dos jovens que causou a referida confusão tem sido constantemente ameaçado. Ah, e quem o defendeu também. Postagens a partir de perfis fakes contêm ameaças bem aterrorizantes, por assim dizer.
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