53!

Esse é o número de focos do mosquito transmissor da dengue encontrado nos dois cemitérios em Toledo. Detalhe: em apenas um dia de vistoria por parte dos agentes de endemias do município, deixando em alerta o setor que enxerga com preocupação os próximos dias, quando a chuva diminuir e o calor intenso retornar, algo previsto para a próxima semana. Essa mistura explosiva poderá fazer salta o já considerado alto número de focos do Aedes aegypti para uma cidade que ano passado precisou apelar ao fumacê na tentativa de frear o avanço do mosquitinho que causa estragos inversamente proporcionais ao seu tamanho, inclusive podendo levar à morte.

O mais triste em toda essa história é descobrir que os 53 focos encontrados em apenas um dia são fruto do descaso, da irresponsabilidade de quem frequenta o local. É fruto das pessoas não seguirem conselhos simples e amplamente divulgados, como não colocar areia nos vasos de plantas para evitar acúmulo de água, retirar o plástico dos vasos, evitar colocar espécies como as bromélias também pelo eventual acúmulo de água, entre outras medidas tão simples e tão valiosas.

Não que a maioria das pessoas aja de maneira pensada ao deixar num espaço aberto como o cemitério verdadeiros ‘paraísos’ para o mosquito se proliferar, todavia não se pode alegar desconhecimento completo sobre o assunto, haja vista as frequentes campanhas de conscientização e do trabalho dos agentes em todos os cantos da cidade, embora este trabalho nem sempre seja reconhecido com bons olhos por uma parcela da sociedade.

O número de focos encontrado é significativo e mostra o quanto Toledo precisa estar em alerta máximo para evitar uma nova epidemia de mosquitos e das doenças transmitidas por ele, sendo a dengue a mais comum. Mostra ainda quão falha tem sido a comunicação em relação à doença. E aqui cabe um puxão de orelha também à própria imprensa que, em geral, noticia fatos sobre a dengue geralmente quando a situação está fora de controle e não mantém uma campanha permanente de orientação sobre o assunto ao longo de todo o ano. Nós, do JORNAL DO OESTE, temos procurado abordar o tema com mais frequência que o normal, entretanto, pelo visto, ainda há muito a ser feito.

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