A dança das cores
Em pleno mês de agosto, do Azul e do Dourado, em Toledo agora tem o Vermelho. Da bandeira de risco para contaminação por Covid-19, que deixou de ser amarela e retornou à vermelha após reunião, ontem (24), do Centro de Operações Emergenciais (COE). Seguindo os parâmetros da matriz de risco criada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Toledo entrou – mais uma vez – no Alerta Vermelho, o que representa perigo alto de contaminação pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).
O número de óbitos em função da doença foi o principal fator para essa mudança, entretanto, também é preciso levar em consideração o aumento de casos que vem se verificando com frequência há pelo menos duas semanas que, embora ainda não seja motivo de alarde, tem refletido num novo aumento de casos ativos e, pior, numa mudança de comportamento facilmente percebida entre a população em geral. O índice está num patamar alto e que reforça a necessidade de se manter os mesmos cuidados do início da pandemia: usar máscara corretamente, passar álcool em gel ou lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar aglomerações e cobrir boca e nariz com o braço sempre que tossir ou espirrar. Algo que, infelizmente, vem sendo cada vez menos frequente nos espaços públicos em Toledo nos últimos dias.
Estas medidas devem ser seguidas inclusive pelas 34.932 pessoas que receberam as duas doses ou a dose única da vacina contra a Covid-19, as quais representam 31,74% da estimativa de população com mais de 18 anos (24,49% da total). Se for levar em conta quem só tomou a primeira dose, esses índices sobem, respectivamente, para 73,94% e 62,54%, índices bastante positivos, mas que como se percebe, não é garantia de absolutamente nada se não houver por parte da população um zelo maior para se evitar o contágio, ainda mais com uma nova variante correndo solta.
A dança das cores das bandeiras está distante do fim e o branco da tranquilidade só será possível voltar quando a maioria retomar a consciência de que ainda é preciso vigilância constante sobre uma doença que não oferece um minuto de trégua.
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