A morte de Lázaro
Lázaro Barbosa, de 32 anos, conhecido como “serial killer do DF”, morreu após ser capturado pela Polícia Civil de Goiás ontem (28). Ele é acusado, dentre outros crimes, de matar uma família de quatro pessoas no começo deste mês, em Ceilândia, no Distrito Federal. O cerco policial para prendê-lo durou 20 dias e as buscas se concentraram na região de Cocalzinho de Goiás (GO), no entorno entre o Distrito Federal e Goiás, onde havia sido visto pela última vez. A Polícia Militar usou helicópteros, cães farejadores e contou com auxílio da Polícia Federal para capturá-lo. Segundo agentes que acompanharam as buscas, Lázaro conhecia bem a área, onde mora sua família, e tinha facilidade para se esconder na mata.
A morte de Lázaro não representa apenas o fim de uma verdadeira caçada, mas sim uma oportunidade para avaliar o quanto é preciso investir mais na estrutura das forças policiais e no treinamento constante para situações extremas, como foi o caso. A maior dificuldade é que, em geral, as polícias no Brasil são preparadas para atuar em ocorrências urbanas e não no campo onde o criminoso estava bem acostumado. Isso, aliado à cobertura recebida por ele, levaram a quase um mês de angústia e, claro, de chacota por parte de quem não imagina a dor de quem passou pelas mãos de uma mente doentia como era a de Lázaro Barbosa.
Este caso precisa servir de exemplo para que se crie uma força-tarefa ampla, a exemplo da Força Nacional, chamada para atuar em casos extremos onde há necessidade de intervenção. Não que o treinamento hoje não exista, entretanto, é sempre possível inovar, buscar melhorar o que já existe.
Neste sentido dois exemplos do Corpo de Bombeiros de Toledo ajudam a ilustrar essa necessidade. A verticalização recente na cidade levou à construção de uma plataforma elevada para treinamento. Outra iniciativa foi a aquisição de contêineres para treinamento de novas técnicas de abordagem em incêndios. Essas duas ações, aliada à aquisição de novos equipamentos torna o serviço prestado pela força mais eficaz e com menos riscos para seus profissionais.
E assim precisa ser também com a polícia. No Paraná novas armas e viaturas foram adquiridas para tentar reduzir um pouco o déficit em relação ao mundo do crime que, quando melhor preparado, dá muito trabalho para se render, como mostrou Lázaro Barbosa.
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