A saudade!
O vovô não vai voltar? Cadê o papai? Por que a mamãe ainda não chegou? Por que essa doença acometeu a minha família? São perguntas que tornaram-se presentes nos lares de muitas famílias. A saudade deu lugar as risadas, aos encontros com pessoas queridas, aos passeios, as viagens.
A saudade não escolhe quem irá senti-la. Assim também é o coronavírus. Esse vírus não escolhe ou faz distinção. Ele simplesmente ataca o organismo, destrói ‘corações’ e deixa uma sociedade em luto. É uma sociedade em luto sim, porque é impossível não ficar abalado ou perplexo com os óbitos divulgados tanto no município de Toledo como na 20ª Regional de Saúde, no Estado ou no Brasil. Lembre-se: você poderia ter sido a vítima! Reflita: a sua família poderia estar de luto!
Acredito que alguém já perdeu um conhecido para a Covid-19 nesta pandemia e os números são preocupantes. Somente no mês de março deste ano foram registrados 79 óbitos em decorrência de complicações do coronavírus em Toledo. Até o dia 14 de junho, os dados da Sivep-gripe e Notifica-Covid mostram que 30 pessoas não resistiram a doença no mês. São pessoas que lutaram para ficar ao lado de seus entes, porém não conseguiram.
O que mais preocupa ainda é que essa pandemia não tem data para acabar. Pelo contrário, existe a preocupação da evolução das variantes. Estudos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) mostram que em 90% das amostras pesquisadas a P.1 era a variante predominante até o mês de abril deste ano no Paraná. Além disso, as análises de maio e junho ainda estão sendo estudadas, porém existe essa tendência. Uma variante mais letal e transmissível.
O que fazer diante deste cenário? Vacine! Se chegou a sua vez, busque a imunização. Tome a primeira dose e após o período determinado tome a segunda dose. Vacina é o resultado de pesquisa científica, tem comprovação e segurança. Além disso, a ‘velha’ receita de 2020 permanece em alta: use máscara, mantenha o distanciamento, higienize as mãos com água e sabão, utilize álcool em gel, evite aglomeração e se possível fique em casa. A pandemia não tem dia para acabar. É preciso aprender a conviver com ela. É preciso ter empatia; amor ao próximo e manter a resiliência. Hoje o luto pode não ser o seu sentimento neste momento, mas amanhã você poderá ser a próxima pessoa a sentir saudade de um ente querido vítima desta doença. Nós podemos ter se cansado do coronavírus, mas ele ainda não se cansou de nós.
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