Basta dar uma circulada pelas vias para encontrar um pet. Sem teto, com alimento, sem proteção, sem controle de natalidade, sem carinho. O problema não acontece apenas em Toledo. Não é simples de resolver. Para ter o controle é preciso políticas públicas efetivas.
É possível que a pandemia tenha colaborado para que mais cães e gatos fossem vítimas do abandono e maus-tratos. Até os animais sofreram os impactos causados pela Covid-19. Contudo, nada justifica as atrocidades que alguns seres humanos comentem com os animais; é válido frisar que são alguns humanos, pois também existe uma gama de pessoas de bom coração e que respeitam os animais.
Nas ruas da cidade, os problemas ficam visíveis, mas eles também podem acontecer no campo – prática de tração animal – pássaros presos em pequenas gaiolas, entre outras vidas que são reféns de tutores sem responsabilidade ou nenhum tipo de afeto.
Na luta pelos animais, Toledo conta com os trabalhos do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos dos Animais (CMPDA), com os voluntários da Associação Focinhos Carentes de Toledo (Afocato) e com todos aqueles que acolhem, cuidam e lutam pela causa. Cada um se doa como pode e cada ajuda faz a diferença. Afinal, não compete apenas ao poder público investir esforços nessa luta; a população precisa ser mais consciente.
Adotar um pet, seja ele qual for, exige comprometimento. O animal demanda. Ele tem necessidades básicas de alimentação, assistência veterinária, higiene, carinho e acolhimento. É uma escolha.
Quem não está preparado para atender as necessidades do pet precisa avaliar, pois a solução diante dos problemas não pode ser o abandono; uma prática que pode desencadear o desiquilíbrio entre saúde pública e bem-estar animal diante da falta de controle de natalidade dos animais de rua.
Políticas públicas, órgãos competentes, voluntários, entidades, cuidadores, são diversos esforços, mas ainda é pouco, pois os problemas continuam. A sociedade precisa avançar e muito para combater os maus-tratos e as situações de abandono.
