As entidades e suas comunidades

Há alguns dias o JORNAL DO OESTE destacou neste mesmo espaço a importância dos líderes comunitários. Não muito tempo depois é preciso voltar à questão nesse campo para, infelizmente, analisar as declarações dadas pelos vereadores Genivaldo Paes e Chumbinho Silva sobre o uso político e os desmandos na presidência da União Toledana das Associações de Moradores (Utam). Também para escolha da nova diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Toledo (SerToledo) muita polêmica e muitas acusações, também com possível envolvimento político nas chapas inscritas.

As entidades deveriam ser o símbolo maior de suas comunidades, entretanto, infelizmente essa não tem sido a regra, tanto no caso da Utam quanto no sindicato. Fosse assim certamente haveria um número bem maior de servidores filiados, assim como também o envolvimento comunitário na Utam seria maior.

As acusações levadas a público após as declarações dos vereadores são gravíssimas e precisam ser levadas adiante, até porque algumas delas incorrem em crime eleitoral caso sejam efetivamente comprovadas. A impressão que se tem é de uma simples extensão partidária da entidade, mais ou menos os mesmos problemas que levaram à derrocada da entidade no passado, quando era comandada por Artulino Hesper que ao menos buscava dar publicidade aos seus atos, bem diferente da atual diretoria que, desde eleita em 2019, praticamente desapareceu.

E essa omissão dos demais integrantes da diretoria não os exime de uma parcela de culpa da Utam estar sendo usada para fins somente eleitoreiros, como acusaram os vereadores na sessão da segunda-feira sem haver qualquer tipo de contestação até o momento.

A citação de Artulino Hesper não foi por acaso, pois é mais um claro exemplo da manutenção das mesmas pessoas durante muito tempo à frente de uma entidade, como também acontece no SerToledo. Essa postura, que se repete em tantas outras instituições país afora, é prejudicial demais para as comunidades e para as próprias entidades, pois acabam se tornando ou extensões de ideais políticos, meramente ideológicos ou então usadas para vantagens pessoais.

As entidades e suas comunidades precisam ter uma convivência pacífica e respeitosa, especialmente por parte daqueles escolhidos para comandá-las. Ah, claro, sem jamais esquecer que a transparência exigida do poder público também se aplica a entidades como a Utam ou o SerToledo, afinal, o cumprimento às regras precisa ser uma via de mão dupla.

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