As pesquisas nossas de cada dia
Nesta terça-feira (16) começou – ao menos de maneira oficial – a campanha eleitoral para valer. Tudo dito até agora, mostrado ou debatido de nada adiantou, haja vista a Justiça Eleitoral somente agora liberar o embate de verdade. Promessas, sorrisos fáceis e abraços caloroso serão substituídos por números, votos, sonhos e pesadelos que cada candidato carrega consigo até o momento final, quando a verdadeira pesquisa se materializa. De hoje até 2 de outubro serão dias tensos e intensos, com o tempo passando rápido demais.
Mas algo parece que não irá mudar: a confiança e a desconfiança nas pesquisas eleitorais. Elas aparecem e desaparecem numa velocidade impressionante, assim como também impressiona a mudança de pensamento em relação a cada novo levantamento divulgado. Quem está na frente confia e, quem está atrás, desconfia. Até a imprensa tem colaborado para essa dubiedade de pensamento, pois tem sido cada vez mais frequente jornalistas travestidos de cabos eleitorais darem opiniões sobre as pesquisas. Para uns é o céu, para outros o inferno.
Alguns candidatos chegam ao ponto de durante a mesma entrevista, por exemplo, darem opiniões tão contraditórias sobre as pesquisas eleitorais que, de acordo com alguns, pode ser comprada em qualquer prateleira ou então ignoradas como um cão sarnento. Parece não existir critério algum até mesmo aqueles que se lançam numa disputa cada vez mais tresloucada como tem sido a política nacional.
As pesquisas nossas de cada dia seguirão sendo feitas e divulgadas. Seja por institutos sérios ou por outros nem tão preocupados assim com a credibilidade necessária ou desejada. Cabe ao eleitor discernir, em meio a este turbilhão de informações e opiniões em quem acreditar, quem seguir e, mais importante, em quem votar porque é somente através do voto e no dia da eleição que a mais importante e real pesquisa finalmente é concretizada e mostrará pelos próximos quatro anos em quem acreditar.