Até quando?

Esta semana o país inteiro sofreu junto com a população de Pato Bragado após o trágico acidente que vitimou sete pessoas na PR-395, no distrito de Iguiporã, interior de Marechal Cândido Rondon. Infelizmente este não foi o primeiro, muito menos será o último, acidente envolvendo pacientes sendo transportados para centros maiores em busca de consultas ou exames que, sim, poderiam alguns serem feitos nos municípios de origem. O vai e vem constante de vans, ônibus, ambulâncias e carros lotados de pacientes é cena comum nas estradas paranaenses, em especial do oeste, região riquíssima, mas que durante anos ficou esquecida pelo Governo do Estado, em especial na área da saúde.

Serão necessários anos a fio de investimentos a fim de tornar essas viagens menos frequentes. Evidente que não se espera a construção de grandes complexos hospitalares em cidades menores, entretanto, centros de saúde microrregionais poderiam facilitar a vida dos gestores e, claro, dos próprios pacientes que ficam expostos ao precisarem se deslocar tantos quilômetros distantes de seus municípios de origem. Até mesmo pacientes de Toledo precisam viajar para Cascavel ou Curitiba em busca de consultas, exames e cirurgias não realizadas na cidade.

Além disso, é preciso registrar as condições de algumas estradas paranaenses, verdadeiras assassinas em potencial diante da conservação, do traçado ultrapassado, da má sinalização, entre outros problemas que também afetam esse transporte de pacientes. Não que este tenha sido o motivo do acidente com o ônibus da Prefeitura de Pato Bragado, atingido por um caminhão cujo motorista felizmente foi detido pela Polícia Militar após ter fugido do local sem prestar o devido socorro. Mas as condições das estradas são outro fator potencial de risco a quem precisa viajar em busca de um atendimento em saúde.

Até quando a população dos municípios do oeste ficarão reféns? Até quando a riqueza produzida por essas terras serão destinadas a outras regiões ou apenas para manter uma gestão pública tão distante? As eleições se aproximam e esta leitura precisa começar a ser feita com maior critério por quem tem o poder de decisão nas mãos: os eleitores!

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