Bandeira vermelha
Devido ao aumento de casos de Covid-19 confirmados em Toledo, apontando para uma maior circulação viral, o Centro de Operações Emergenciais (COE) deliberou a mudança da matriz de risco para vermelha, indicando alto risco de contágio. Na semana Epidemiológica 01/2022 foram 276 novos casos; na semana anterior (52/2021), haviam sido 15. Porém, de dezembro para cá, Toledo saltou de 31 casos para mais de 600 neste início de semana. Um índice alarmante e que certamente foi levado em consideração nessa nova ‘bandeirada’ do COE.
A pergunta agora é: diante deste novo quadro, o que será feito? As ações realizadas pela administração municipal, convocando vários setores, entre eles igrejas, Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit) e Câmara de Vereadores, motivando a vacinação e os cuidados preventivos, como uso correto da máscara, distanciamento social e assepsia frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, sinalizam a preocupação do Executivo, entretanto, apenas esse tipo de ação parece estar sendo inócua diante do comportamento irresponsável.
Não fosse a vacinação em massa e Toledo hoje estaria caminhando a passos largos para a ocupação maciça dos leitos de UTI, a exemplo do que já começa a acontecer em outras cidades e outros estados, como em São Paulo, onde os médicos alertaram sobre um risco de colapso nos próximos 30 dias se a curva de contaminação se mantiver.
“A indicação de risco é uma forma de sinalizarmos para a população a importância de reforçar os cuidados. As pessoas precisam compreender que existe uma situação preocupante por conta da alta circulação viral em nosso meio”, pontua o médico Fernando Pedrotti, do COE. Apenas isso não basta! É preciso retomar ações mais contundentes contra quem insiste em adotar um comportamento inadequado diante de uma crise de saúde pública que afeta a todos.
Não se trata de fechar comércio ou outras medidas que representem um retrocesso em meio ao caso, porém, uma fiscalização mais rigorosa sobre o uso de máscaras, quanto a aglomerações e ainda a aplicação de multas a quem for reincidente poderá, quem sabe, ajudar a controlar uma doença quase incontrolável.
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