Bom Jesus 100%

Ao completar 50 anos, o Hospital Bom Jesus de Toledo segue mostrando ser possível sonhar com os próximos 50 cheios de energia e projetos ousados, como a questão dos transplantes, onde essa semana se concretizou o sonho de qualquer unidade hospitalar mundo afora que depende do amor ao próximo para seguir salvando vidas. A equipe da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) da Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp) – entidade mantenedora do Hospital Bom Jesus – alcançou taxa de 100% de conversão, ou seja, todas as famílias abordadas concordaram em doar órgãos.

Esse índice é importante também por mostrar que, quando se executa um trabalho com profissionalismo, paciência e persistência, é possível gradativamente melhorar os números, em especial num assunto cercado de tabus e preconceitos. Quando os familiares optam pela doação, eles têm um ato honroso que permite levar esperança de vida para algumas pessoas que estão na fila de espera. Mas para que isso aconteça, é fundamental a participação de profissionais habilitados. O processo de abordagem, para possível captação de órgãos, ocorre durante um momento de tristeza, por isso, os profissionais precisam estar bem preparados. É extremamente doloroso o momento da morte, que, sim, pode ser atenuado com a esperança de salvar uma outra vida.

Há anos essa equipe vem investindo em treinamento, sendo preparada para conseguir atingir uma marca inédita, histórica e que merece ser celebrada porque representa não apenas a doação de órgãos, mas a melhoria na qualidade de vida e o aumento de expectativa para outras tantas pessoas.

Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) apontam que o Paraná é líder nacional em doações de órgãos, muito graças a este esforço demonstrado por instituições como o Bom Jesus, um orgulho para quem pensa numa saúde mais eficiente e humanizada, onde transplantes deixem de ser um problema se sejam a verdadeira solução para casos muitas vezes irreversíveis. Parabéns aos 100% e que o índice possa ser mantido com a ajuda de famílias sensíveis aos problemas dos outros e não apenas ao momento de uma perda irreparável.

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