Crescimento regional
Na noite da última sexta-feira, Assis Chateaubriand viveu uma noite de gala com a inauguração de seu novo Teatro Municipal, que leva o nome do deputado Federal Moacir Micheletto, morto num trágico acidente de carro na estrada que liga Toledo a Assis dez anos atrás. Justa homenagem porque foi o então deputado quem teve a ideia de construir um teatro na cidade, a exemplo do que vinha acontecendo mais ou menos simultâneo em Toledo e Cascavel, no início dos anos 2000. Visionário? Maluco? Um pouco de ambos? Fato é que Moacir Micheletto tinha razão ao projetar a obra, ainda mais porque somente agora é possível perceber a importância do crescimento regional completo e não centralizado em apenas uma ou duas cidades.
É justamente esse crescimento espalhado que faz do oeste paranaense uma das regiões mais prósperas e com alto índice de qualidade de vida para se viver, afinal, em praticamente todas as cidades existe uma estrutura capaz de atender ao cidadão em quase todas suas necessidades, até mesmo na cultura, como provou Assis Chateaubriand na última sexta-feira, que foi de festa também porque lá se realizou a primeira reunião descentralizada da atual gestão da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop).
Se no passado havia uma disputa insana por espaço, a atual geração de prefeitos começou a perceber ser necessária a união de esforços a fim de conquistas maiores e cujos resultados para suas respectivas cidades podem ser mais benéficos que o esforço individual. Evidente que há o desejo de ver sua cidade crescer, entretanto, existe uma sinergia maior para que o crescimento seja regional e não local. E a lógica é simples: tendo as cidades estruturas semelhantes, não existe a necessidade de migração para centros maiores ou ao menos esse movimento se torna mais lento, mantendo bons cidadãos ligados às suas cidades.
Para isso parcerias como as estabelecidas com o Governo Federal, a Itaipu Binacional e, claro, o Governo do Estado, são fundamentais neste processo de consolidação do oeste paranaense como uma região mais equilibrada sob a ótica da cidadania, da qualidade de vida e das oportunidades.