De volta a preocupação
Reportagem do JORNAL DO OESTE mostrou que a UTI Covid-19 do Hospital Bom Jesus voltou a operar em sua capacidade máxima, ou seja, 100% dos leitos estão ocupados. A última vez que os 24 leitos estiveram ocupados foi no dia 6 de julho. Os dados dos boletins refletem apenas o comportamento da população de Toledo nos últimos dias, com bares e restaurantes lotados sem os cuidados necessários. O mesmo se repete em relação aos parques: espaços lotados sem que toda a população tome o devido cuidado.
No boletim de segunda-feira, por exemplo, foram registrados 52 novos casos de Covid-19 em Toledo, com 28 recuperados e mais uma morte, no caso a do suplente de vereador pelo MDB Altevir de Paula Neves, de 57 anos. Com isso o número de pacientes ativos subiu uma vez mais. Porém, ao invés de deixar as autoridades em alerta, parece que o assunto vem sendo tratado com certo desdém por alguns. Ao menos em grupos de WhatsApp onde a postura oficial é de tranquilidade e ironia com quem pensa estar uma vez mais a pandemia dando sinais de retorno.
Infelizmente é a postura da atual gestão quando se trata da Covid-19. Embora os números tenham arrefecido nos últimos meses, ainda assim seria necessário um pouco mais de cautela em relação à liberação de algumas atividades, algo que não aconteceu. A boa notícia, se é que existe alguma em meio a este turbilhão, é que o número de casos em análise sempre tem ficado aquém do que era registrado no passado, mantendo ainda relativamente baixa a taxa de novos casos. Não fosse isso e o caso estaria instalado uma vez mais em Toledo, algo que ainda pode acontecer se não houver uma mudança radical de comportamento por parte da população.
Não que seja necessário fechar tudo de novo, porém, era preciso aumentar a fiscalização sobre os locais onde se tem conhecimento amplo de aglomeração de pessoas, algo que parece passar longe dos holofotes dos responsáveis pelo setor, talvez por medo de retaliações políticas em meio a uma pré-campanha eleitoral escancarada que aí está. A preocupação com a Covid está de volta e, embora ainda seja tímida, ainda assim precisa ser tratada com maior responsabilidade e menos liberdade.
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