E lá vem a dengue…

Como aos poucos a pandemia de Covid-19 vai arrefecendo, eis que o brasileiro precisa procurar outra para se agarrar e a bola da vez atende pelo nome da dengue. Com a proximidade do verão e com as chuvas voltando à regularidade de outros tempos na região oeste, a combinação de altas temperaturas + água em abundância é igual a… muitos mosquitos! Tanto assim que, conforme mostrou reportagem do JORNAL DO OESTE, o setor de Vigilância Epidemiológica já ligou o sinal de alerta a fim de tentar evitar o pior, ou seja, uma epidemia.

A preocupação é pertinente diante do alto índice de focos do mosquito transmissor da doença encontrado em vários bairros da cidade durante os últimos levantamentos em campo, prova de que o cidadão infelizmente ainda não aprendeu a reduzir ao máximo locais onde possa existir a chance de surgimento de novos focos. Mais triste é que este é um assunto repetido exaustivamente ano após ano, mas que como quase nunca resulta em algo mais grave ou então não atingiu ninguém muito próximo, segue sendo tratado com extremo desdém pela maioria da população que não colabora nem mesmo para facilitar a visita dos agentes de endemias, os quais seguem sendo maltratados em geral, até mesmo com ameaças mais graves.

Infelizmente é um problema cultural e, quando se trata de algo assim, é preciso paciência, investimento e tempo. Paciência para poder se formar uma geração mais consciente com a problemática da dengue; investimento não apenas no combate ao mosquito ou aos focos – como é feito hoje – mas sim em programas educacionais capazes de formar esta nova geração; e tempo porque não será de hoje para amanhã que o cidadão brasileiro poderá se transformar ele próprio num agente de endemia trabalhando em benefício próprio e também da coletividade.

Como hoje o foco é outro, vamos de novo seguir com os ‘fumacês’ e o apelo através da imprensa para que ao menos Toledo não atinja o patamar indesejável de focos do mosquito transmissor como num passado recente, quando foram necessárias ações extremas para controlar um problema tão simples de ser resolvido.

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