Grandes e pequenos
Esta semana Toledo recebeu a primeira grande loja da rede Daju fora das cercanias de Curitiba. A rede tem raízes profundas na capital e, aos poucos, começa um processo de interiorização, sendo Toledo a cidade pioneira para receber o investimentos da família que tem conseguido algo muito difícil quando se trata de sucessão empresarial: manter o negócio sob controle e passá-lo à segunda geração sem conflitos. Nas palavras do atual presidente da Daju, Roger Karsten Lorenz, a escolha por Toledo não aconteceu por acaso, mas sim foi fruto de um amplo estudo.
A cidade foi escolhida pelo seu apelo econômico e social, além da importância da microrregião. Num negócio desse tamanho, nenhum passo é dado apenas se baseando em amizades ou na linda cor dos olhos de quem negocia. Não, a Daju não veio a Toledo por acaso. Veio em busca de novas oportunidades de negócios capazes de sustentar esse recém iniciado processo de expansão que prevê para este ano investimentos na ordem de R$ 12 milhões.
E é sempre importante para a cidade quando um empreendimento dessa natureza de instala, pois há geração de novos empregos e, consequentemente, de renda – e impostos. Os grandes causam um impacto na mesma proporção de seus investimentos e Toledo, claro, precisa atrair estes grandes investimentos a fim de manter seu ritmo de crescimento.
Entretanto, a cidade não pode jamais esquecer dos ‘pequenos’ empreendimentos, aqueles que ajudaram a moldar uma parte daquilo que a cidade se transformou hoje em dia, além de serem importantes na manutenção de vários empregos, isso sem mencionar na relação até mesmo de amizade que este tipo de negócio tem na rotina de Toledo e também de outras cidades menores da região.
É o salão do bairro, o ‘mercadinho’ da esquina, o açougue mais perto de casa, a panificadora do bolo diferente, a loja de roupas que atende fora de hora ou o bazar que ainda vende fiado. É o mecânico amigo em todas as horas, a ótica que tem de tudo que precisamos, a loja de acessórios que personaliza o atendimento e ainda dá dicas ótimas, a revendedora de porta em porta, a livraria nossa de todas as horas, enfim, negócios muitas vezes familiares, individuais que ajudam também a manter a economia aquecida e socorrem em tempos difíceis.
Uma cidade não se faz apenas de grandes empreendimentos. Toledo não se construiu apenas de grandes obras. É justamente pela riqueza dos detalhes que esta cidade acolhe a tudo e a todos de braços abertos, como fez esta semana com a Daju que é muito bem-vinda, assim como tantos outros ‘pequenos gigantes’ nossos de todos os dias.