No retorno às atividades parlamentares na Câmara Municipal de Toledo, uma boa parte dos vereadores debateu a questão da deficiência do setor de iluminação pública na cidade que, mesmo com a nova empresa contratada, segue sendo precária. Há inúmeros pontos onde quase não existem mais lâmpadas funcionando, um breu total. E isso com a taxa sendo cobrada integralmente!
Tirando o floreio político de muitos discursos, a verdade é que esse é um problema histórico e só será resolvido com o devido planejamento. E planejamento implica em deixar de lado os egos políticos e pensar no que se pensa da cidade para o futuro e, por futuro, entenda-se décadas adiante e não o remedo de planejamento feito como ficou evidente na capenga reforma do Plano Diretor realizada há pouco. Fosse Toledo uma cidade efetivamente planejada, não haveria bairros onde lado a lado convivem residências de piso baixo com prédios ou então indústrias ou barracões dos mais variados serviços a metros de distância de áreas residenciais.
Mas a questão da iluminação pública passa primeiro pela mudança do próprio sistema, hoje ultrapassado e caro. Há novas e mais modernas opções à disposição do serviço público para deixar a cidade mais clara e por um custo muito menor ao de hoje. Dois bons exemplos estão na Vila Industrial, onde na gestão passada foram adotadas lâmpadas de LED, mais econômicas e mais eficientes. O projeto, aparentemente, parou. Assim como também pararam tantos outros projetos para o surgimento de novos, algo típico na política nacional, onde não existem projetos de governo e sim projetos de governantes. Entre este ou aquele lado é quase sempre isso que ocorre: a descaracterização – se possível completa – do antecessor, mesmo que ideias excelentes sejam criadas.
Quem não se lembra do Toopedalando, abandonado por completo e hoje apenas memórias de um passado pensado para o futuro. E, se algo não é tão bom assim, não seria o caso de aperfeiçoar algo ao invés de simplesmente abandoná-lo por completo? A deficiência da iluminação pública é apenas mais um dos tantos exemplos de desperdício do dinheiro público num país onde o serviço público, em geral, é péssimo e caro.
