Impostos, impostos, impostos, impostos…

Neste sábado (28), Toledo também fará parte do Dia D do Feirão de Imposto, mais uma tentativa de fazer a sociedade despertar para a real necessidade de uma ampla, profunda e verdadeira reforma tributária, assunto abordado durante esta semana neste mesmo espaço pelo JORNAL DO OESTE.

O Feirão do Imposto 2022, promovido pela Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), com desdobramentos locais com representação do Cojem Toledo, tem como tema principal neste ano, o ICMS sobre os combustíveis, além das celebrações comemorativas alusivas aos 20 anos do evento.

Os impostos apresentam grande relevância no valor final de alguns produtos corriqueiros na vida de grande parte dos contribuintes. O fardo é bastante pesado em praticamente todos os produtos. Comprar a ração para gato ou cachorro implica em pagar 41,26% de impostos embutidos; no caso do ar-condicionado o índice sobe para 48,22% e bem próximo fica da tarifa de energia, com 48,28%. Mas há casos onde a discrepância é ainda maior, como é a nova vilã do país: a gasolina. Nada menos que 61,95% do valor advêm de impostos, sendo 29% apenas de ICMS.

Impostos e taxas são pagas mundo afora. A diferença está na contrapartida de quem os recebe. Enquanto em países mais evoluídos sob a ótica social e econômica, no Brasil o retorno dado ao contribuinte, além de ser insuficiente, cria uma espécie de bitributação. Serviços essenciais como saúde e educação, em geral, são nivelados por baixo, sendo necessário ao cidadão recorrer à iniciativa privada para ter um serviço minimamente decente, pagando a mais por isso.

Em geral também o serviço público no Brasil é caro demais, atrasado, burocrático, arrastado. Há exceções? Evidente que sim! Todavia, infelizmente, são exceções e, mesmo num estado tão avançado em vários setores como é o Paraná, ainda assim há muito a ser feito a fim de se atingir patamares de excelência comparáveis a lugares mais avançados.

É possível reduzir impostos e melhorar a qualidade do serviço público? Sim, é possível! Para isso, porém, é necessária uma determinação política que, também infelizmente, é ainda mais raro de se encontrar quando se trata do Brasil. Alguns até se atrevem a tocar de vez em quando no assunto, porém, até agora bravatas seguidas que desembocam num dos mais altos índices de tributos do planeta.

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