Livre arbítrio

O novo Decreto (910) da Prefeitura de Toledo, publicado nesta segunda-feira, liberou mais uma série de atividades e eventos na cidade.

Treinamentos técnicos, táticos, atividades de condicionamento físico de atletas de modalidades coletivas e individuais e competições oficiais, organizadas pelas respectivas Federações/Confederações; atividades de esporte deverão obedecer um intervalo de, no mínimo, 15 minutos, para a saída de um grupo e a entrada de outro, evitando-se, com isso, aglomerações; casas de eventos, salões, clubes, associações comunitárias, recreativas e afins, casamentos, formaturas, aniversários e demais confraternizações, reuniões administrativas, comunitárias ou litúrgicas, seja em espaços públicos ou privados com lotação máxima de 50% (cinquenta por cento) da capacidade do espaço; entre outras pequenas medidas que certamente deixaram muita gente feliz. Mas muita gente ficou preocupada porque, se antes havia um mínimo de restrições, agora resta menos ainda.

Fato é que a Prefeitura de Toledo lidou relativamente bem com a situação até o momento, entretanto, as pressões sobre o poder público foram gigantescas que não há outro caminho a seguir senão este publicado ontem. Menos mal que as aulas ainda não foram liberadas, porque aí seria o caos completo. A publicação do decreto apenas regulamenta cenas que há tempos vêm sendo observadas na cidade sem haver a devida repreensão.

Jogos estavam acontecendo, encontros festivos da mesma forma e por aí se vai. Como é impossível fiscalizar tudo e todos o tempo todo, optou a Prefeitura de Toledo em apenas flexibilizar e dar à própria sociedade a responsabilidade sobre sua própria saúde. Segurou-se até onde foi possível e como muitas pessoas não conseguiram seguir as regras, prejudicando demais o combate à doença, o jeito é correr o risco e dar o livre arbítrio.

Agora, depois não adianta reclamar que nada foi feito, que não há leitos suficientes, porque muitas vozes que pedem a reabertura deste ou daquele segmento são as mesmas que criticam as deficiências estruturais históricas no serviço de saúde pública. O novo decreto é uma procuração que cada cidadão carrega e cuja utilização dependerá muito mais da consciência individual.

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