Mais sol, por favor

Lideranças da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apresentaram esta semana ao Ministério de Minas de Energia (MME) propostas para o enfrentamento da crise hídrica que tem preocupado o setor elétrico nacional e provocado a elevação das contas de luz da população e dos setores produtivos do País.

A pedido do ministro Bento Albuquerque, a entidade apresentou medidas viáveis e de curto e médio prazos para a diversificação da matriz e o atendimento da demanda elétrica, a partir da ampliação da energia solar no País. Entre as medidas apresentadas pela Absolar, destacam-se ações para os segmentos de mercado de geração própria de energia solar, em telhados de edifícios e pequenos terrenos (geração distribuída) e de grandes usinas solares (geração centralizada).

A entidade defende maior presença da geração própria de energia, redução na burocracia para projetos fotovoltaicos em residências e empresas e aumento de contratação da fonte nos leilões de energia do Governo Federal.

Nesse sentido o Estado do Paraná vem dando exemplo pois, nos novos empreendimentos habitacionais populares, as unidades são dotadas de placas de energia solar, reduzindo não apenas a conta para quem lá mora, mas principalmente reduzindo a pressão sobre o sistema elétrico tradicional.

No caso do Paraná essa necessidade se torna ainda mais urgente pelo estado enfrentar sua maior crise hídrica nos últimos 100 anos. Num país onde o sol é abundante o ano inteiro chega a ser até estranho não existirem mais geradoras a partir das placas solares, assim como também são pouco exploradas as pás eólicas que poderiam reduzir não apenas a conta econômica, mas também a ambiental, haja vista o impacto que hidrelétrica gigantes como Itaipu Binacional traria numa eventual nova construção. Nada contra uma usina tão importante para o desenvolvimento durante tantos anos, entretanto, quando se pensa num mundo diferente e mais equilibrado no futuro, sem dúvida o pedido é um só: mais sol, por favor…

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