Mais um aumento
Ontem (26) um novo aumento no preço dos combustíveis deixou com os cabelos em pé – e os bolsos mais vazios – motoristas do Brasil inteiro que precisaram abastecer. Este novo aumento é apenas mais um capítulo que os apaixonados pelo presidente Jair Bolsonaro não conseguem enxergar: palavras e atitudes que arranham ainda mais a imagem do país no cenário internacional, desvalorizam o real frente ao dólar e criam um clima de instabilidade não sem precedentes, até porque o país vê se repetir cenários vividos num passado nem tão distante, mas da mesma forma preocupantes.
Não se trata de condenar o presidente ou sua equipe, mas sim constatar fatos que qualquer cidadão percebe numa ida ao posto de combustível ou às gôndolas cada dia mais caras dos supermercados. Sim, os preços não param de subir, os salários do trabalhador comum estão defasados ainda mais e isso afeta todo cenário econômico. Por mais que alguns insistam em não reconhecer, fato é que passou da hora de se descer do palanque e efetivamente trabalhar nas mudanças necessárias para o Brasil ao menos parar de patinar em meio à pandemia que, felizmente, começar a dar sinais de arrefecimento.
O aumento da vez foi dos combustíveis, entretanto, praticamente todos os produtos tiveram reajuste nos últimos dias, como mostrou recentemente o JORNAL DO OESTE com a publicação da pesquisa da Unioeste com o preço da cesta básica familiar, superior a R$ 1.300 em Toledo. Ou seja, nem mais o discurso de que o agronegócio não é afetado serve como alento, até porque as principais entidades ligadas ao setor preveem problemas com os insumos para a próxima safra e a ordem é até mesmo reduzir a aplicação de alguns produtos a fim de economizar e evitar um desabastecimento que seria terrível para todos, não apenas aos produtores.
Num mundo cada vez mais globalizado não basta enxergar as oportunidades que esse movimento trouxe. É preciso estar atento às responsabilidades frente a nações bem mais desenvolvidas e que não brincam de gestão. Já o Brasil, brasileiro segue sendo o de sempre…Com mais um aumento para desanimar até os mais otimistas de plantão.
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