Mudança de cultura
Em entrevista ao programa “Fim de Tarde com o Editor”, ontem (18), apresentado nas redes sociais do JORNAL DO OESTE, o secretário Diego Bonaldo (Desenvolvimento Econômico) citou que um dos pontos mais importantes para o Brasil competir de igual para igual com outros países é uma profunda mudança de cultura para tornar o ambiente empresarial menor burocrático e bem mais ágil. Bonaldo participou da Paraná Business Experience, dentro da Expo Dubai, e retornou impressionado com a agilidade para a abertura de uma empresa nos Emirados Árabes Unidos, algo que acontece pelo celular. Impensado num país onde os carimbos e papéis são tantos que fica impossível cravar uma data para a abertura da uma empresa.
Outro ponto destacado por ele na entrevista é a necessidade de se investir no turismo, um setor que traz uma rentabilidade enorme para as cidades, mas que ainda é visto com ressalvas numa cidade como Toledo, onde o agronegócio é dominante. Dubai é um dos grandes exemplos mundiais de como o turismo pode mudar o cenário de uma região inteira, de um país.
Em resumo, ou o Brasil muda sua cultura ou ficará ainda mais para trás no cenário internacional. E quando se fala em mudança de cultura, não é uma simples troca de governos ou de governantes, mas de atitude. E de todos! O brasileiro também precisa se acostumar a não ser protegido demais pela mão forte do Estado ou então receber tudo de mão beijada. É preciso aprender a pescar e não apenas receber o peixe. Claro que para isso acontecer é necessário criar um ambiente propício, menos arrastado e atrasado, ágil, moderno.
No próprio agronegócio que tanto se orgulha há muito a evoluir, especialmente no processamento de commodities vendidas a preço de banana, mas que geram lucros imensos para várias corporações. Há espaço, tecnologia, conhecimento, mão de obra, mercados, enfim, um conjunto de agentes capazes de melhor um setor que caminha bem.
Fácil certamente não é, ainda mais quando se trata de um país com tamanhas diferenças internas. Mas é possível e várias outras nações mundo afora, com problemas semelhantes ou até maiores conseguiram graças a investimentos constantes e corajosos num dos setores onde o Brasil mais patina: a Educação! Mudar a educação é o caminho para formar gerações mais educadas e menos condicionadas.
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