Mudança de cultura

A Escola Municipal Carlos Friedrich recebeu, na última sexta-feira (1º), a “Direção Defensiva Kids”, atividade que integra o Ecopedal – Projeto de Direção e Manobra Defensiva para Crianças, uma iniciativa da Secretaria de Esportes e Lazer (Smel) em parceria com as secretarias da Educação e de Segurança e Mobilidade Urbana. Diante dos problemas enfrentados no trânsito de Toledo, iniciativas como essa podem sim representar a esperança de dias melhores e de um trânsito menos caótico e violento. No fim de semana, por exemplo, mais uma vida se foi em função de um atropelamento numas das avenidas principais da cidade, a Maripá.

Acidentes estão se tornando tão comuns em Toledo que as pessoas começam a perder o sentimento da indignação, como fossem os acidentes algo comum e rotineiro. Não deveria ser assim. Não pode ser assim! Por isso o projeto de direção defensiva precisa ser aplaudido. Mas não pode ser uma iniciativa isolada, como tantas outras já começadas e paralisadas quando se trata do trânsito local.

Mas a mudança demora, claro, e precisa vir acompanhada de alterações na própria estrutura de ruas e avenidas, facilitando não apenas a vida dos motoristas, mas dos pedestres e ciclistas também. Mudanças que começam com a adoção dos chamados binários em regiões onde é possível – e necessário. Bairros como a Vila Industrial, Jardim Gisela, La Salle e Jardim Pancera, apenas para citar alguns exemplos, há tempos já comportariam vias em mão única, entretanto, parece existir uma má vontade neste tipo de sinalização junto ao departamento responsável, mesmo o sistema sendo adotado em praticamente todas as cidades onde o trânsito é até melhor do que em Toledo.

Outra mudança que precisa ser feita com urgência é a mudança no sentido do estacionamento. Acabar com o estacionamento na diagonal é imperativo no sentido de reduzir o risco de uma colisão nas ruas centrais da cidade.

É preciso ainda repensar a posição das faixas de segurança em alguns locais. Da forma como estão implantadas hoje representam um risco a quem dirige e a quem deveria atravessar a rua em segurança. Além disso, melhorar ciclovias e ciclofaixas, além de ampliar a quantidade poderia incentivar mais pessoas a deixarem seus carros em casa e, com isso, reduzindo a quantidade de veículos nas ruas em determinados horários.

Como se vê, mudar uma cultura não pode se pautar apenas num projeto esporádico. Precisa ser fruto de investimentos constantes e transformada num programa de governo permanente.

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