O Paraná e o pedágio
A essa altura do campeonato não resta dúvida que novas praças de pedágio serão instaladas no Paraná. Também a essa altura é fácil constatar que muito do dito até o momento não passou de bravata politiqueira. Igualmente é possível identificar quem tem, ao menos, procurado reduzir o impacto de uma conta que chegará mais uma vez aos bolsos de quem trafega pelas estradas paranaenses. Entre esses agentes está o governador Ratinho Junior que, embora não seja o responsável por esta nova concessão, ainda assim tem se esforçado para tentar ao menos implantar o modelo da menor tarifa e não a proposta inicialmente apresentada pelo Ministério da Infraestrutura com o pagamento de uma espécie de ágio que fatalmente elevaria o pedágio Paraná à estratosfera.
Esta semana o governador conversou com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro Tarcísio Gomes de Freitas sobre o assunto e recebeu a promessa de que a tarifa do menor preço deverá ser o caminho escolhido. Um alívio, não apenas pelo aspecto econômico, mas principalmente político, haja vista que o assunto já vinha sendo explorado por eventuais opositores do governador, ainda que de maneira bastante sutil. Opositores que num passado não tão distante assim usaram frases de efeito sobre baixar ou acabar que, na prática, transformou-se num emaranhado de processos, contratos, acordos, entre tantos outros ajustes feitos ao longo dos últimos 30 anos tornando impossível ao cidadão comum compreender tantas idas e vindas num modelo cujo único objetivo foi dar o máximo lucro possível às empreiteiras que administram as praças de pedágio paranaenses.
É preciso destacar que essa nova concessão que vem sendo discutida não é responsabilidade do Governo do Estado e sim do Governo Federal. Importante essa ressalva porque quando o pedágio chegar – e chegará – as acusações serão inevitáveis, assim como também inevitáveis serão os pais da criança caso ela venha ao mundo melhor do que o esperado, entretanto, faltarão padrastos para a adotarem se o modelo ser aquele que tanto se teme. O Paraná e o pedágio, uma relação de décadas e ainda assim ainda imatura demais.
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