O que esperar?

Começa mais um ano e com ele vem a inevitável pergunta: o que esperar? E o que esperar de 2022 depois de um 2021 tão penoso quanto foi este para o cidadão brasileiro? Palavras como inflação, recessão, crise, entre outras que há algum tempo não habitavam o cotidiano com tanta frequência voltaram a assombrar o trabalhador comum e a esmagadora maioria das famílias. Em Toledo não foi diferente e o índice de inadimplência, de acordo com dados divulgados pela Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit) ficaram até acima da média nacional – que já é alta. Destaque para as despesas bancárias, o que não chega a ser uma novidade quando se olha para a realidade dura das ruas no cotidiano.

Preços em disparada, desemprego em alta e um futuro não muito promissor dominaram a vida do cidadão comum ao longo do ano recém terminado e não anima muita gente neste recém começado 2022. Nem mesmo o agronegócio, setor que sempre se orgulhou em ser o fiel da balança tem muitos motivos para comemorar, até porque a crise hídrica que atinge o Paraná há alguns meses tem provocado estragos nunca antes vistos no setor.

E para deixar o cenário ainda mais nebuloso, neste 2022 haverá eleição geral e o acirramento dos ânimos na esfera federal tem deixado o clima instável, mesmo onde antes havia certa paz. A disputa entre ‘esquerdopatas’ e ‘direitopatas’, caso não haja certa dose de bom senso, diálogo e respeito, poderá fazer de 2022 algo bem mais danoso ao cidadão do que a pandemia do novo coronavírus, a qual terá seu teste de fogo no próximo Carnaval.

O que esperar deste novo ano? Se houve sempre uma esperança de dias melhores nesta época no passado, agora a expectativa não tem sido das mais positivas para a maioria, fruto deste momento turbulento pelo qual passa o Brasil e aqui independente de paixões partidárias, até porque os preços das coisas estão aí para quem quiser enxergar, assim como o achatamento no poder de compra da maioria dos cidadãos que dependem apenas de seus salários para, literalmente, sobreviver.