O vandalismo e a presença
No fim de semana um vídeo circulou nas redes sociais e foi um dos assuntos mais comentados em Toledo diante do vandalismo verificado no banheiro masculino do Parque do Povo Luiz Cláudio Hoffmann, que ficou completamente destruído após a ação de criminosos. Ah, sim, vandalismo é um crime. De acordo com o Artigo nº 163 do Código Penal Brasileiro, vandalismo é crime e o autor do delito fica sujeito à prisão e multa, por danos ao patrimônio público. A pena varia de seis meses a três anos de detenção, além de agravantes.
O difícil é identificar quem comete este tipo de crime, como ficou claro na ação realizada no parque. O que não é difícil é compreender porque este tipo de atitude acontece. E os exemplos do Parque do Povo podem ser replicados para tantos outros que começam a ‘pipocar’ por Toledo inteira. A ausência completa do poder público, a falta de câmeras ou outros mecanismo de segurança que inibam crimes, a falta de rondas ostensivas, má iluminação, sensação de abandono (no local nem a bandeira do mastro estava colocada) e, claro, a sensação de impunidade para quem comete o ato em si criam um ambiente propício para o vandalismo e outros tipos de crime.
Neste sentido é preciso destacar o trabalho das polícias em Toledo. Tanto a Civil quanto a Militar possuem índices acima da média em termos de prisões e identificação de autores de crimes, o que de certa forma inibe a ação dos criminosos. Inibe, não acaba! Mas ajuda a criar um clima de segurança e de confiança nas corporações, algo que em relação à Guarda Municipal não se concretiza. E não por culpa da maioria dos agentes, os quais se esforçam, mas talvez pela atual política do uso da corporação, a qual parece ter ‘sumido’ das ruas, embora seja possível avistar de vez em quando alguma viatura rodando.
Só que a presença precisar ser percebida onde é necessária, ou seja, nos espaços públicos. Parques, praças, ginásios, escolas e por aí afora é onde a população mais precisa dos guardas municipais e não em rondas nas ruas, onde existem câmeras e a própria Polícia Militar. Quem sabe não seja a hora de rever a tática que está sendo empregada e colocando o agente público ao lado da população, nas ruas, caminhando ou então de bicicleta. Aproximar o agente da sociedade tem sido o caminho encontrado por forças policiais mundo afora para que a população não apenas confie, mas auxilie no combate ao crime em todas suas instâncias.